Rumores sobre a flexibilização de medidas contra Covid fazem ações da China dispararem – ESTOA

Rumores sobre a flexibilização de medidas contra Covid fazem ações da China dispararem

Os boatos são de uma nota não verificada


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Nesta terça-feira (01), as ações das bolsas de Hong Kong e da China dispararam após boatos de que o país planejaria a flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19.

O “Comitê de reabertura”, no entanto, foi desmentido pelo Ministério de Relações Exteriores da China através de Zhao Lijian, o vice-diretor do Departamento de Informação do órgão.

Flexibilização das medidas protetivas na China

A nota em questão foi tuitada por Hao Hong, um influente economista chinês. De acordo com a mensagem publicada, um “Comitê de Reabertura” foi formado para estudar cenários de arrefecimento das medidas protetivas contra o Covid-19.

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Segundo o economista, o comitê seria montado por Wang Hunning, membro permanente do Politburo. A organização estaria, ainda, avaliando os dados em relação à covid ao redor do mundo e, assim, planejando um relaxamento em relação às medidas protetivas em março de 2023.

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“O comitê está reavaliando dados da Covid de US/HK/SG para determinar vários cenários de reabertura”, disse o economista.

As medidas protetivas continuam na China/Foto: Reprodução

Logo após a disseminação dos boatos, o vice-diretor do Departamento de Informação do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, negou o desenvolvimento de um comitê com este propósito.

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“Não sei onde obteve estas informações. Eu realmente não sei nada sobre isso”, disse o porta-voz.

Apesar de serem rebatidos pelo vice-presidente, os boatos pressionaram as bolsas de valores asiáticas positivamente, fazendo com que seus índices disparassem ao longo do pregão desta terça-feira.

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Em entrevista à Bloomberg, o sócio-fundador da Shanghai Power Asset Management, Liu Xiaodong, disse que a circulação dos rumores sobre a reabertura condicional das medidas protetivas não lhe surpreende.

Ele afirmou que a determinação do próximo passo deve ser tomada pelo conselho estatal após a deliberação da equipe de especialistas.

“O mercado também está disposto a comprar a ideia de que um ponto de inflexão para a Covid Zero também está próximo”.

As altas nas bolsas asiáticas ocorrem no mesmo dia em que a Cúpula de Investimentos de Líderes Financeiros Globais em Hong Kong deve começar.

Bolsas disparam

O reflexo da disseminação dos boatos em relação ao relaxamento das medidas protetivas na Bolsa de Valores foi uma alta de 2,62% no índice SSE Composite, o medidor da Bolsa de Valores de Xangai. Dessa forma, ao fim do pregão, o medidor atingiu os 2.969,20 pontos.

Na Bolsa de Hong Kong, medida pelo índice HSI, a alta foi de 5,23%, fazendo com que o mercado de ações finalizasse o dia aos 15.455,27 pontos.


Apesar de serem os dois mercados mais influenciados positivamente por conta dos boatos, outras bolsas asiáticas também indicaram altas.

No Japão, o índice da Bolsa de Valores de Tóquio, o Nikkei, se valorizou em 0,33% nesta terça-feira, atingindo o fim do pregão com 27.678,92 pontos.

O mercado de ações da Coréia do Sul também fechou o dia com altas, com um crescimento do Índice KOSPI de 1,81%, com uma pontuação de 2.335,22.

Em Cingapura, o clima também foi positivo. O índice STRAITS TIMES chegou ao fim do pregão com uma alta de 1,21% aos 3.130 pontos.

Ações contra a Covid-19

Os boatos, no entanto, passaram a circular um dia após o fechamento do parque temático Disneyland, em Shanghai, por conta de um confinamento determinado pelas autoridades da China.

Turistas em frente ao Shanghai Disney Resort/Foto: Reuters

Assim, de acordo com um comunicado online divulgado pelas autoridades, enquanto não testarem negativo para a Covid-19, os turistas não poderão deixar o parque.

Anteriormente, a Disney já havia dito que o parque seria fechado de acordo com as medidas estabelecidas pelo “controle da epidemia”.

As autoridades determinaram, ainda, que as pessoas que visitaram o parque desde a última quinta-feira (27) devem fazer três testes consecutivos e evitar a participação em atividades coletivas.