A poupança externa: oportunidade de investir em outros países – ESTOA

A poupança externa: oportunidade de investir em outros países

Saiba o que é a poupança externa, a sua relevância, o seu funcionamento e as suas consequências para o país


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Primordialmente a ideia da poupança externa era que um país criasse uma forma de obter rentabilidade enviando capital para países subdesenvolvidos, os países fazem isso para que tenham uma forma de obter mais capital e consequentemente ter uma elevação no crescimento econômico e também com o investimento feito, dar a oportunidade desses países em desenvolvimento crescerem com o uso desse recursos.

Há diferença entre a poupança interna  para a poupança externa, a primeira foi feita para ser o dinheiro do governo, dinheiro esse que não foi usado para consumo, já o segundo veremos melhor o seu conceito no decorrer do texto.

O que é a poupança externa e como é instituída?

A poupança externa é uma forma de investimento em outras nações, diferente de exportação, que é vender a outro país e obter lucro, neste caso, por exemplo, ao invés de  um país desenvolvido vender para o subdesenvolvido e ter lucro para se manter em estado desenvolvido, ou um país subdesenvolvido vender para outros países e ter lucro, logo continuar em um processo de crescimento, eles preferem ser credores para os países que precise de recursos financeiros, mas usem o dinheiro no presente para se desenvolverem e futuramente devolver o empréstimo mais os juros. Será neste momento de vencimento que o credor terá o seu lucro.

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Essa ideia surgiu entre 1940 e 1950, como alguns países tinham uma ausência de recursos  para gastarem, afinal, ter custos para futuramente ter um crescimento é necessário, mas era nesse cenário de escassez de recursos que os países subdesenvolvidos estavam se deparando, por isso a forma de obterem esse dinheiro era sendo tomadores de empréstimos dos países que tinham esse dinheiro, ao final do uso desse dinheiro, os subdesenvolvidos teriam o valor para devolver para as nações superiores economicamente.

É feito então uma negociação, em que um país apresenta o projeto de crescimento, em qual área irá aplicar o recurso emprestado e ao final, o país desenvolvido avaliará se vale a pena, os riscos, o quanto pode investir e depois o acordo será, ou não, firmado.

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Entenda a importância da poupança externa

A poupança externa é importante pela possibilidade de um país evoluir economicamente, considere como exemplo que o Brasil precisa expandir e atender a área de saneamento básico no país, no entanto ele não tem recursos em sua poupança interna, ou seja, há escassez de recursos para investir nesse setor, para resolver faz uma proposta e apresenta o projeto para o Canadá, se for aceito, este país enviará capital para o Brasil, assim o projeto é colocado em prática.

Entenda que isso pode acontecer em várias áreas, tanto a bem-estar social, a criação de programas educacionais, ou de programas para impulsionar o empreendedorismo nacional, permitindo mais empresas que tenham uma oferta para uma procura, gerando crescimento das empresas que precisarão de mais funcionários e o desemprego diminui. 

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Neste caso, o mais correto seria não permitir a redução da poupança interna para usar só a externa, a ideia não é subtrair nenhum setor de poupança e sim somar e destinar o máximo para aplicação de giro e evolução da economia, dessa maneira o país atingiria o objetivo do projeto inicial, ou seja, não é válido a troca de uma para outra, é mais vantajoso o país que receber usar os recursos da poupança interna com os recursos da poupança externa.

Os riscos

Pode acontecer da poupança externa não gerar bons frutos para o país tomador do empréstimo, pois por questões de administração ineficaz não haver esse crescimento, e isso pode ser arriscado, pois se não ter crescimento econômico o país ficará devendo o outro, entrando em um endividamento externo, ou seja, será mais um problema para um país, que gerará mais impactos sociais. 

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O Brasil e a poupança externa

Em 1980 o Brasil se endividou por conta do uso de uma  poupança externa, algo que com o passar dos anos foi resolvido, entre 1990 a 2000. O que gerou a resolução deste endividamento foi o Plano Brady, basicamente, uma forma de montar uma nova estrutura de pagamento da dívida.