Criptomoedas: entenda o que são essas moedas digitais e como funcionam

A criptomoeda também é um tipo de dinheiro, assim como as outras moedas que convivemos diariamente, a única diferença é que são totalmente digitais. Elas utilizam a criptografia para garantir a realização de transações. 

Elas não são emitidas pelo governo, como o dólar ou o real, em vez disso, utilizam um sistema descentralizado que registram transações e emitem novas unidades. 

Os pagamentos feitos em criptomoedas existem como valores digitais em um banco de dados online, onde são documentadas transações específicas. 

As transações são executadas em um livro contábil público, chamado blockchain, que é onde guardam o registro de todas as transações atualizadas. A criptomoeda é armazenada em carteiras digitais. Os usuários podem comprar moedas com corretoras, depois armazená-las e gastá-las usando carteiras criptográficas.

Entre 2008 e 2009 surgiram as primeiras criptomoedas, por um grupo ou indivíduo que é conhecido pelo pseudônimo “Satoshi Nakamoto”. 

Logo após o surgimento das criptomoedas, foi criado o Bitcoin, que é uma moeda digital que permite pagamentos de forma ágil, barata e segura, através de um sistema descentralizado. 

A moeda Bitcoin tornou-se cada vez mais popular entre os usuários. No mês de abril de 2011, um Bitcoin valia um dólar americano, e 10 anos depois, em fevereiro de 2021, um Bitcoin valia mais de 53 mil dólares americanos. 

Para que servem as criptomoedas?

Elas podem ser usadas com a mesma finalidade do dinheiro físico. Elas servem como meio de troca, que facilitam as transações comerciais. 

Servem também como reserva de valor, para preservarem o poder de compra no futuro, e também como unidade de conta, que é quando os produtos são precificados e realizam o cálculo econômico em função dela. 

Principais Criptomoedas

O Bitcoin é a moeda digital mais conhecida, porém existem uma grande variedade de criptomoedas no mundo. 

Bitcoin

Bitcoin é a moeda digital mais conhecida e foi a primeira criptomoeda do mundo Surgiu por volta do ano de 2009, em meio à crise financeira do mercado norte-americano de hipotecas. 

Essa moeda surgiu com o objetivo de substituir o dinheiro de papel, e eliminar a necessidade de atuação dos bancos para intermediar operações financeiras. 

Das 10 maiores criptomoedas que compõem o ranking, o Bitcoin é quase três vezes maior que a soma do valor de mercado das outras 9 criptomoedas. 

O Bitcoin bateu o recorde em valor de mercado em fevereiro de 2021, onde alcançou a marca de US$ 1 trilhão ou R$ 5,4 trilhões em um único dia. 

Algumas empresas como Microsoft, AT&T e Overstock aceitam Bitcoin como uma forma de  pagamento. 

Ethereum

Essa moeda surgiu no ano de 2014, através de um financiamento coletivo, e tinha como objetivo permitir aos desenvolvedores criarem aplicativos descentralizados. 

A moeda digital se chamava Ether, porém no ano de 2016, um hacker invadiu o sistema e conseguiu roubar um valor de aproximadamente US% 50 milhões em Ether. Devido às dúvidas sobre o futuro da moeda, a comunidade optou por criar uma nova rede. 

Com isso, a Ether passou a ser chamada de Ethereum Classic, e a moeda começou a circular na nova rede com o novo nome de Ethereum. 

Os desenvolvedores da moeda Ethereum, podem criar várias versões de aplicativos centralizados como Amazon, Twitter, Facebook e até mesmo Google. 

A ETH (Ethereum) é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado. Seu valor de mercado estava acima de US% 197 bilhões em fevereiro de 2021. 

Tether

Lançado no ano de 2014, o Tether (USDT) é uma stablecoin, pois tem lastro em uma moeda física. O objetivo dessa moeda é manter uma paridade com o dólar americano. Para cada Tether, é preciso haver um dólar que seja equivalente em caixa. 

Uma das suas características, é ser uma moeda estável que representa moedas físicas no mundo digital. Essa moeda foi projetada para oferecer estabilidade, taxas mínimas de transação e transparência aos usuários. 

Diferentemente de outras criptomoedas, o Tether possui menos volatilidade. Isso permite que seja utilizado como uma forma de troca e armazenamento de valor, em vez de ser utilizado como meio de investimentos especulativos. 

Ripple

Criado em 2011, o Ripple é uma criptomoeda planejada para ser usada por bancos para tornar os pagamentos mais rápidos. Sua moeda é a XRP e possui muitas parcerias com bancos globais atualmente sendo trabalhadas. 

Uma de suas características, é a plataforma Ripple suportar em sua rede outros tokens, que representam moedas tradicionais e até outros bens. 

Além de ser uma moeda, é também um sistema em que qualquer moeda pode ser negociada, incluindo o Bitcoin. 

Diferente do Bitcoin e do Ethereum, a Ripple não possui possui um processo de mineração.

Litecoin 

Charlie Lee, ex- funcionário do Google, foi o responsável por criar o Litecoin (LTC), no ano de 2011, inspirado no formato do Bitcoin. 

Uma das principais diferenças do Litecoin com o Bitcoin, é o processo de mineração, que busca reduzir o tempo necessário para poder confirmar transações feitas com a moeda. 

Devido ao processamento mais rápido de transações, o Litecoin é uma das melhores alternativas para realização de operações no dia a dia. O sistema Litecoin foi projetado para produzir 84 milhões de criptoativos, representando quatro vezes mais unidades d o que a rede Bitcoin. 

Investir em criptomoedas

É possível investir em criptomoedas através de duas maneiras: Corretoras ou fundo de criptomoedas. 

Para quem deseja se expor ao mercado, mas não se sente seguro em fazer isso sozinho, os fundos de criptomoedas são uma boa alternativa.   Quem decide e acompanha as aplicações é o próprio gestor do Fundo.  

As corretoras especializadas em criptomoedas, que também são conhecidas por Exchanges, intermediam as relações de compra e venda, cobrando taxas a cada negociação efetivada. 

No Brasil, existem algumas exchanges que oferecem esse serviço, algumas são: BitBlue, Mercado Bitcoin, Foxbit, Coinext, entre outras.