Salto do petróleo e BCs e IBC-Br negativo faz dólar recuar – ESTOA

Salto do petróleo e BCs e IBC-Br negativo faz dólar recuar


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O dólar opera em baixa no mercado à vista nesta quinta-feira, após subir de forma pontual. Segundo profissionais do mercado, salto do petróleo – considerado variável-chave para os próximos passos do Copom – favorece moedas emergentes e ligadas a commodities, como o real, mas também realimenta as pressões inflacionárias e do presidente Jair Bolsonaro por medidas para controlar os preços dos combustíveis, o que gera cautela fiscal e ajudou a dar impulso ao dólar, pelo menos de forma pontual por enquanto.

Outros fatores além do salto do petróleo que gerou a queda do dólar

Além do salto do petróleo, os investidores ajustam posições considerando a falta de avanço nas negociações entre Ucrânia e Rússia. Também precificam a perspectiva de um ciclo mais longo de aperto monetário no Brasil e nos EUA, após as decisões de juros do Copom e do Fed ontem.

Os investidores repercutem ainda a volta da economia brasileira ao campo negativo no início de 2022 após três meses de avanço no fim do ano passado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,99%, considerando a série livre de efeitos sazonais.

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Em dezembro, o aumento havia sido de 0,32% (dado revisado hoje). De dezembro para janeiro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,86 pontos para 138,48 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor patamar desde dezembro de 2020 (138,18 pontos).

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O resultado ficou bem abaixo da mediana, das estimativas do mercado financeiro, que era negativa em 0,20%, na pesquisa Projeções Broadcast, mas ainda dentro do intervalo das previsões, que iam de queda de 2,50% a alta de 0,80%.

Comparação entre resultados de janeiro de 2021 e 2022

Na comparação entre os meses de janeiro de 2022 e de 2021, houve praticamente estabilidade, com alta de 0,01% na série sem ajustes sazonais, mas o resultado ficou praticamente no piso do intervalo da pesquisa do Projeções Broadcast, que era de estabilidade a crescimento de 3,90%, com mediana positiva de 0,33%.

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No exterior, há pouco, os juros dos Treasuries ganharam leve força após pesquisa mostrar que o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu mais do que o esperado na semana passada.

Já a libra apagou ganhos ante o dólar, após o Banco da Inglaterra (BoE) aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, a 0,75%, na terceira elevação consecutiva para conter o avanço da inflação no Reino Unido.

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Às 09h32, a libra recuava a US$ 1,3114, ante US$ 1,3150 no fim da tarde de ontem. Já o índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, recuava 0,27%, a 98,345 pontos.

Às 9h42, o dólar à vista caía 0,20%, a R$ 5,0835. O dólar futuro para abril estava praticamente estável, com viés de alta de 0,02%, a R$ 5,1050.

*Com Estadão Conteúdo.