Powell não descarta alta superior a 25 pontos-base nos juros – ESTOA

Powell não descarta alta superior a 25 pontos-base nos juros


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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não descartou nesta segunda-feira, 21, um cenário de aperto monetário mais rápido do que o atual, caso um prolongado período de escalada de preços nos Estados Unidos impulsione as expectativas de inflação para um nível insustentável. Na semana passada, o BC da maior economia do planeta elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, à faixa entre 0,25% e 0,50%.

“Se concluirmos que é apropriado agir de forma mais agressiva, elevando a taxa dos Fed Funds em mais de 25 pontos-base em uma reunião ou reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto, FOMC, o faremos”, afirmou Powell, durante evento organizado pela associação Nacional de Economia para Empresas (Nabe, na sigla em inglês).

Powell também disse que “há uma clara necessidade” de retornar a política monetária a uma postura mais “neutra”, ou até “mais restritiva”, se necessário para assegurar a estabilidade de preços. “Estamos comprometidos em restaurar a estabilidade de preços, preservando um mercado de trabalho forte”, destacou.

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Powell cita impactos de invasão na Ucrânia

O presidente do Federal Reserve afirmou ainda que o conflito decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia deve ter impacto significativo na economia global. “A magnitude e a persistência desses efeitos permanecem altamente incertos e dependem de eventos que ainda ocorrerão”, disse.

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Powell lembra que os dois países envolvidos na guerra são grandes produtores de commodities. Para ele, além dos efeitos diretos da escalada dos preços de petróleo e outros produtos, o confronto bélico deve restringir a atividade econômica internacional e exacerbar os problemas nas cadeias produtivas, com efeitos para os Estados Unidos.

O banqueiro central entende que a maior economia do planeta está mais bem posicionada para lidar com um choque de petróleo atualmente do que em episódios semelhantes anteriores. “Em termos líquidos, os choques do petróleo tendem a pesar na produção da economia dos EUA, mas muito menos do que na década de 1970”, disse, acrescentando que o movimento pode reduzir as rendas de famílias e, assim, a demanda.

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*Com Estadão Conteúdo.