Cesp (CESP6) troca de nome na B3 e passa a ser Auren Energia
Serão lançadas as ações, sob o ticker AURE3, no segmento do Novo Mercado da B3, com início das negociações previsto para ocorrer hoje
A Companhia Energética de São Paulo, a Cesp (CESP6), deixa de ser negociada a partir de hoje na B3 com este nome, e passa a ser a Auren Energia sob o código (AURE3).
A Cesp divulgou semana passada, um fato relevante sobre o novo nome. Este nome é resultado do processo de reorganização societária iniciado em outubro de 2021, eles visam a criação de uma plataforma líder em energia renovável no Brasil.
O nome Auren surge da combinação dos ativos de energia da Votorantim S.A e Canada Pension Plan Investment Board.
Duas empresas tradicionais mudaram seus nomes no Brasil no ano passado. Uma delas é a Duratex, que passou a ser chamada de Dexco (DXCO3) e a outra é a BR Distribuidora, que virou a Vibra Energia (VBBR3).
A Nadir Figueiredo, tradicional fabricante de copos e outros artigos domésticos de vidro, passou por um processo de “rebranding” no início do ano, e passou a ser apresentada pelo seu pronome, sem seu sobrenome, chamando-se apenas de Nadir.
Ex-Cesp, atual Auren Energia, tem prejuízo de R$ 52,2 mi
Atualmente, tendo seu novo nome definido para Auren Energia (AURE3), o balanço contábil da ex-Cesp teve um impacto significativo devido à compra de energia no quarto trimestre de 2021.
Os custos da empresa saltaram 67% na comparação anual do último trimestre do ano passado, resultando em um prejuízo líquido de R$ 52,2 milhões entre outubro e dezembro de 2021. Em comparação com o resultado no mesmo período de 2020, o qual havia sido positivo em R$ 1,60 bilhões.
Custos registrados no acumulado do ano
A antiga Cesp registrou, no acumulado do ano, lucro de R$ 440,9 milhões em 2021, queda de 75% em relação ao ano anterior de R$ 1,7 bilhões.
A receita operacional bruta avançou no período, tendo uma alta de 25% comparado ao quarto trimestre de 2020 e ao mesmo período de 2021, que foi de R$ 581,8 milhões para R$ 724,9 milhões. A alta foi de 18%, de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,6 bilhões, no acumulado do ano.
Porém, os custos também avançaram. Houve uma alta de 67% no quarto trimestre, de R$ 328,1 milhões para R$ 549,4 milhões, diferença de 67%.
A diferença é explicada, segundo a Cesp, principalmente “pela maior compra de energia no período e impacto trazido pela atualização de provisão do contencioso passivo e do passivo atuarial na despesa financeira”.
No ano passado, a perspectiva de estiagem e diminuição dos reservatórios de usinas hidrelétricas no segundo semestres levaram ao acionamento de usinas termelétricas, que são mais custosas e prejudiciais às metas de descarbonização.
Os custos tiveram redução no comparativo anual ao somarem os quatro trimestres. As despesas somaram R$ 1,1 bilhões em 2020, valor que caiu 12% em 2021, para R$ 973,2 milhões.
A antiga Cesp informou que “O ano de 2021, ainda que bastante desafiador em termos hidrológicos, foi marcado por muitas conquistas para a CESP. Avançamos em uma série de projetos fundamentais para a garantia de um futuro sustentável para o negócio que a Companhia passa a contribuir a partir de agora, com a formação da nova empresa, a Auren Energia”.