Mobly (MBLY3) pretende abrir 11 lojas fisicas até terceiro trimestre – ESTOA

Mobly (MBLY3) pretende abrir 11 lojas fisicas até terceiro trimestre

A loja que é referência em varejo, conta atualmente com 14 unidades físicas, 8 foram abertas ano passado, e pretendem abrir mais 11 lojas até o terceiro trimestre


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O CEO e fundador da Mobly (MBLY3), Victor Noda, informou que pretende abrir 11 lojas físicas no primeiro semestre de 2021, dobrando o número de unidades. 

Em 2021, foram abertas cerca de oito lojas físicas. Atualmente, a empresa possui 14 lojas físicas, entre outlets, lojas compactas e megastores, além de quatro centros de distribuição nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco e Minas Gerais. 

Mobly

A Mobly é uma empresa de tecnologia, e atua na área do comércio eletrônico. A empresa foi fundada no ano de 2011 e se tornou referência em varejo, vendendo artigos de decoração e móveis, produtos que incluem sofás, guarda-roupas, mesas, camas, cadeiras de escritório, bancos, entre diversos outros produtos. 

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Sua primeira loja física foi inaugurada em São Paulo, contando com outlets em Guarulhos e Campinas. A marca expandiu recentemente ainda mais sua área de atuação, inaugurando uma Mega Store em São Paulo.


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Mobly na pandemia

Mesmo com a pandemia, em 2020 a Mobly foi responsável por indicações e prêmios e por uma base total com mais de 300 mil usuários transitando em seu aplicativo. 

A Mobly abriu cinco lojas no primeiro trimestre de 2022, sendo uma delas no formato megastore. A empresa possui a expectativa de abrir no segundo trimestre, mais duas no formato Mobly Zip, de 500 a 100 metros quadrados, e outras duas outlets. 

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Noda informa que pretende abrir mais duas megastores entre o segundo e o terceiro trimestre, uma no Rio de Janeiro e outra em Belo Horizonte.

Mobly (MBLY3) pretende abrir 11 lojas fisicas até terceiro trimestre
Interior de uma loja física da Mobly/Fonte: Exame

Empresa pretende elevar vendas físicas para 30%

A Mobly registrou no 4° trimestre, uma queda de 29,8% no prejuízo na comparação anual. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fechou em R$ 1,8 milhão, frente a R$ 6,4 milhões negativos no mesmo período de 2020.

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A empresa tem foco principal no varejo on-line, o que corresponde a 75% das vendas. Noda afirmou que devido às incertezas durante o período da pandemia, focam agora em acelerar a abertura de unidades, elevando para 30% a participação de vendas físicas. 

No ano de 2021, a empresa iniciou negociações de ações na Bolsa de Valores, abrindo sua oferta pública inicial (IPO). A arrecadação de recursos é destinada ao fortalecimento da Mobly, bem como investimentos diversos em vários  aspectos diferentes e estrutura financeira. 


Ele afirma que “a abertura de lojas físicas é um dos pilares de crescimento do próprio IPO”. O executivo informou que o processo atende a uma demanda dos clientes, e que antes de abrir lojas físicas, 10% das ligações que a empresa recebia eram questionando se havia um local em que seria possível ver os móveis. 

“A loja física cumpre um papel importante de fortalecer a marca. O custo de aquisição de cliente é menor, e a taxa de recorrência, maior”, informou. Em muitos casos, os próprios clientes arcam com custos para poderem levar os móveis para suas casas, com isso, as margens também tendem a ser melhores. 

Noda pretende acelerar a expansão da marca própria

No ano de 2018, entre 20% e 25% das vendas eram realizadas com marca própria, patamar que subiu a 45% em 2021. Noda afirma que faz parte da estratégia de longo prazo da Mobly acelerar a expansão da marca própria. Ele informou que “ela ajuda a gente a criar portfólio de produtos exclusivos só encontrados na Mobly”. 

Este ano, Noda disse que o objetivo é passar de 50%. Ele informou: “podíamos estar em 60%, mas com o aumento do dólar e do transporte marítimo, tivemos que reduzir a importação”.

Mobly (MBLY3) pretende abrir 11 lojas fisicas até terceiro trimestre
Seta representando o aumento da inflação/Fonte: Setor Moveleiro

Inflação do setor de móveis

A inflação do setor de móveis foi de entre 30% e 35% entre julho de 2020 e final de 2021. O executivo afirmou: “Sentimos muito isso no segundo trimestre e no terceiro trimestre do ano passado, quando vinham levas de repasses de custos quase toda semana”.

Ele afirmou que a ameaça de queda nas vendas tornou “impossível repassar tudo de uma vez”. 

A empresa vem repassando 100% da inflação aos produtos a partir do quarto trimestre de 2021. Desde a virada do ano, observam sinais de deflação, com desaceleração nas vendas.


Devido isso, ele afirma que “isso começou a se refletir na indústria ociosa, com fabricantes de móveis batendo na porta para vender mais, abertos a ofertas”. 

Fechamentos de portos da China por conta da onda de Ômicron são riscos atuais citados. Ele informa que a maior parte dos 15% de importações vem da Ásia, e os 85% restantes do fornecimento da Mobly é nacional, distribuída entre Sul e Sudeste. 

Queda no GMV

Segundo Noda, ocorreu queda no quarto trimestre de 2021 de 4,5% no GMV (sigla inglês para volume bruto de mercadoria), a R$ 190,4 milhões, frente aos R$ 265,5 milhões do mesmo período do ano de 2020. Desde o segundo trimestre de 2021 a empresa sofreu, com base de comparação mais forte do mesmo período de 2020. 

Já na receita líquida, que é o valor efetivamente retido pela empresa depois de cancelamento, apesar da queda no GMV, houve alta de 4,4% frente ao mesmo período de 2020, quando o indicador foi de R$ 182,4 milhões. 


Ele cita o lançamento do pagamento através do PIX a partir de outubro, sendo o motivo da melhora. O pagamento via PIX ocupou espaço de parte das vendas feitas por boletos, e atingiu 15% do total. 

“A diferença é que 50% dos boletos emitidos não são pagos, enquanto a taxa de cancelamento do PIX é de 5%”, afirmou.