Open Banking: Uruguaia Datanomik anuncia chegada ao Brasil – ESTOA

Open Banking: Uruguaia Datanomik anuncia chegada ao Brasil

A Datanomik é uma plataforma de Open Banking B2B, criada em janeiro, que auxilia na gestão e no planejamento, facilitando o acesso de empresas às informações financeiras


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Após levantar um seed de US$ 6 milhões liderado pela Andreessen Horowitz (a16z) (com participação de Canary, Nazca e Latitud), a startup uruguaia Datanomik anunciou sua chegada no Brasil. 

Investidores como Conrado Engel, ex-CEO do HSBC, Sebastião Mejia, fundador da Rappi, Suzy Ferreira, fundadora da Dinie, Pablo Garfinkel, fundador da Tokai Ventures, entre outros, participaram do round. 

A API desenvolvida pela startup acessa informações de instituições como provedores de serviços de pagamento, plataformas de e-commerce e também informações diretamente dos bancos. O sistema padroniza e reúne essas informações em um só lugar, com atualizações que ocorrem em tempo real. 

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Segundo a empresa, sua missão é auxiliar empresas como a também uruguaia dLocal, a norte-americana Jeeves e a brasileira Dinie. Vale ressaltar que a empresa norte-americana Jeeves também chegou recentemente ao Brasil. 

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Todas essas empresas citadas, possuem o desafio de obter informações de forma simplificada diretamente da fonte, o que é algo bem difícil, principalmente nos mercados emergentes, onde possuem os dados dispersos e completamente desorganizados. 

Open Banking: Uruguaia Datanomik anuncia chegada ao Brasil
Sergio Fogel e Gonzalo Strauss/Fonte: Startupi

Fundadores da Datanomik

Sergio Fogel, cofundador da dLocal, e Gonzalo Strauss estão à frente da Datanomik.

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Os dois se conheceram na fintech de pagamentos AstroPay, onde Sergio é investidor e Gonzalo foi head de produtos. 

Gonzalo disse em nota que, “nos mercados emergentes, o dinheiro vivo ainda é o principal método de pagamento, o que nos força a usar processos arcaicos para fazer reconciliações ou gerenciar os dados de contas bancárias corporativas”. 

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Os CFOs podem conectar todas as suas contas financeiras, com a solução oferecida pela Datanomik, e obter uma visão centralizada para gerenciar o desempenho de seus negócios enquanto fazem reconciliações em tempo real, contabilidade, escrituração e outras operações comerciais. 

Segundo ele, isso é um desafio, porque cada instituição possui seu próprio sistema, os quais não estão conectados entre si e as informações não são padronizadas, o que acaba dificultando a atualização sistemática em um mundo em que conexão em tempo real é necessária. 

Em texto, ele afirma: “Fintechs hoje em dia têm operações em vários países, ou até mesmo continentes. Isso significa lidar com dezenas de contas bancárias de diferentes bancos, resultando em um gargalo para as equipes financeiras, que passam horas acessando manualmente suas contas para verificar saldos, transferências ou analisar seu fluxo de caixa”. 

Open Banking: Uruguaia Datanomik anuncia chegada ao Brasil
Ferramentas Open Banking/Fonte: PagBrasil


Open Banking e Open Finance

O tema deste ano definitivamente é Open Finance. Players como a britânica TrueLayer e a norte-americana Plaid (que já vale mais de US$ 13 bilhões), são alguns dos nomes fortes na área. 

Na última semana, a Apple anunciou sua entrada no Open Banking com a compra da fintech britânica Credit Kudos. Esse mercado está atraindo cada vez mais gigantes, como a Visa (que comprou a sueca Tink no ano passado) e a Mastercard (que adquiriu a norte-americana Finicity em 2020).

Diversas plataformas estão crescendo, especialmente no Brasil. As empresas no país, com soluções em Open Banking e Open Finance, incluem nomes como Celcoin, Belvo, Teddy, Quanto, Klavi, Pluggy, entre outras. 

Capitaneada pelo Banco Central (BC), essa iniciativa do Open Finance no Brasil é uma das iniciativas de Open Banking mais ambiciosas no mundo. 

A estimativa da Accenture aponta um mercado global endereçável, a ser criado nos próximos três anos, de US$ 416 bilhões para o Open Banking. 

Grandes oportunidades para as empresas

Não somente para empresas de pagamento, a oportunidade também é grande para qualquer companhia que dependa de dados financeiros, isso faz todo sentido num momento em que o “embedded finance”  tem crescido tanto no Brasil quanto mundo afora.

Sergio informou: “estamos construindo uma infraestrutura que permitirá o uso de empresas de diversos tipos e setores”. 


Brasil é um ponto de entrada para expansão

Os fundadores querem, com o cheque, aumentar a equipe, expandir por toda América Latina, sendo o Brasil um ponto de entrada (os próximos destinos são México e Colômbia) e também planejam consolidar o produto. 

Os planos da empresa ainda estão bem no começo. Atualmente, a Datanomik possui 20 funcionários e trabalha com dLocal e AstroPay, além de fintechs de grande porte na América Latina, os quais não possuem seus nomes revelados. 

A sócia da Andreessen Horowits, Angela Strange, disse em nota que “a API da Datanomik não fornece apenas painéis muito necessários aos gerentes financeiros, mas também permite uma subscrição de KYC mais rápida para empresas, pois as informações financeiras podem ser buscadas por meio de uma API em vez de recebidas em PDF por e-mail”. 

O aporte da startup é o primeiro a ser feito pelo VC no Uruguai.