Alta na inflação afeta preços das ações de varejistas – ESTOA

Alta na inflação afeta preços das ações de varejistas

Magazine Luiza, Americanas e Via são surpreendidas com alta na taxa


Advertisement


Advertisement


A alta nas taxas de inflação atingiram valores recordes no mês de março. Dessa forma, ações de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3) , Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) foram severamente afetadas.

O aumento se deu por 1,62% no IPCA do mês de março, e simboliza o maior preço deste mês desde o ano de 1994.

Dessa forma, essas empresas lideram os índices de desvalorização da BOVESPA nesta sexta-feira (8).

Advertisement


A alta na taxa de inflação

O histórico de crescimento dos índices inflamatórios têm crescido desde o ano passado. O acúmulo foi de 10,06% desde março de 2021.

A inflação superou, também, as expectativas para o mês. A meta de março de 2022 previa um aumento de 1,28%, sendo 0,34% menor do que realmente aconteceu.

Advertisement


A desvalorização de seus ativos não foi a única área prejudicada nessas empresas. Ela também fez com que os preços dos serviços e dos produtos aumentassem.

Alta na inflação afeta preços das ações de varejistas
Ilustração de inflação/Fonte: Guia do estudante

Isso culminou no desencorajamento de seus consumidores e acionistas, prejudicando as duas principais origens de lucro das instituições.

Advertisement


O cenário, porém, é ainda mais pessimista. As previsões do aumento do IPCA são reais, o que deve prejudicar extremamente o setor varejista.

De qualquer forma, apesar de representarem as maiores desvalorizações na Bolsa, o setor do varejo não foi o mais impactado.

Advertisement



A área que teve um prejuízo maior foi a área de transportes. Segundo o IBGE, esse segmento experimentou um aumento de 3,02% nos preços dos combustíveis.

A pressão exercida pelo aumento repentino faz com que uma visão negativa se instaure sobre os acionistas.

Isso gera inseguranças nos consumidores e acionistas e danos imprevistos aos responsáveis pelo varejo

Queda no valor de suas ações

As empresas varejistas foram líderes de desvalorização na bolsa no fechamento de hoje (8). As companhias citadas tiveram quedas muito expressivas.

A Americanas S.A.  foi a empresa que registrou a menor queda das três. Esse número se deu em 5,78%. Depois vem a Magazine Luiza, que teve uma queda de 6,25%.

Dessa forma, a companhia que experienciou a pior queda foi a Via. Esse número se deu em 6,91%.

A alta nas taxas de juros e de inflação afetaram esses empreendimentos de forma agressiva, e tendem a aumentar.

O aumento previsto para o mês de abril é de 1,44%, que também deve ser o maior registrado para o mês. A alta acumulada dessa vez seria de 11,5%.

Alta na inflação afeta preços das ações de varejistas
Seta inflação aumentando/Fonte: ASCOFERJ

A alta acumulada para o ano de 2022 era prevista para ser de 13%. Esse índice, porém, deve terminar em um valor acima do esperado.

Futuro da inflação

As altas previstas para esse ano devem ser bem menores dos números reais. Especialistas dizem que o crescimento das taxas vai gerar consequências graves e generalizadas na economia.

Dessa forma, outras ações e outros campos devem sofrer com os efeitos gerados pelo crescimento do IPCA.

O sócio da Matriz Capital, Fabiano Braun, afirmou que o aumento de juros deve ser pressionado, já que a taxa da Selic está em 11,75%. 

O executivo disse, ainda, que ‘’o setor de varejo já está sofrendo bastante com a taxa de juros alta’’, e que a tendência das ações dos varejos é diminuir.

Alta na inflação afeta preços das ações de varejistas
Varejo mercado/Fonte: Infovarejo

As precificações dos ativos tendem a cair. Isso afeta de maneira direta os investidores, que esperavam lucrar com suas ações e os negócios, que obtinham recursos através desse sistema.

Logo após, os afetados são os preços dos serviços e dos produtos. Isso diz respeito diretamente ao consumidor. Isso faz com que seu poder de compra caia, o que implica na diminuição do lucro das mesmas companhias.

Dessa forma, os principais afetados por essa expansão de juros e inflação são os consumidores.

Vale lembrar que os prejuízos que atingiram as companhias de transporte devem, indiretamente, piorar ainda mais a situação das varejistas, simbolizando uma preocupação ainda maior delas.