Telefônica Vivo (VIVT3) cria fundo de R$ 320 milhões para focar em startups
O objetivo principal do fundo Vivo Ventures será investir em startups voltadas para soluções inovadoras
Na manhã desta segunda-feira, (11), o Conselho de Administração da Telefônica (VIVT3) aprovou a criação do primeiro fundo de corporate venture capital (CVC) da companhia, o Vivo Ventures, em parceria com a Telefónica Open Innovation.
A Telefônica Brasil terá participação em 98% do capital subscrito do Vivo Ventures, e a parceira terá os outros 2% para si.
O Vivo Ventures, ou VV, contará com R$ 320 milhões de investimento inicial ao longo dos primeiros cinco anos que serão destinados para startups com foco em soluções inovadoras, a fim de acelerar o ecossistema de B2C da empresa.
Alguns dos segmentos de startups que devem receber uma parcela desse aporte num primeiro momento são: saúde, finanças, educação, entretenimento, casa inteligente, entre outros.
Objetivos da Telefônica
A tendência daqui para frente, cada vez mais, será partir para o mundo digital, que traz novas possibilidades para investidores e empresas que tendem a buscar parcerias de peso para conseguirem inovar.
Pensando nisso, durante os próximos anos em que os R$ 320 milhões do fundo serão investidos, a Vivo tem como objetivo digitalizar a sua marca para poder se aproximar dos clientes e oferecer todo o potencial imaginado para a empresa.
A ideia de buscar por startups com soluções inovadoras poderão fazer com que essa venda direta para o cliente (B2C) da empresa, cresça mais e de uma maneira pensada e organizada.
Com o aporte financeiro previsto para os próximos cinco anos, a companhia pretende investir de 15 a 20 startups em variados segmentos, com preços médios entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões.
Mudanças
A criação do Vivo Ventures trará uma mudança para a empresa, até então os investimentos feitos pela companhia eram por meio do hub de inovação da Telefônica, a Wayra. Desde 2011 no mercado, a Wayra já investiu em mais de 800 startups, e cerca de R$ 25 milhões apenas no Brasil.
Com o fundo em funcionamento, a Wayra ficará responsável apenas pela parte técnica do CVC, além do fluxo de negócios.
A busca por inovação e o desejo de se digitalizar já acompanha a empresa há algum tempo. Recentemente, por meio da Wayra, a Telefônica já buscava startups voltadas para a tecnologia para o seu portfólio.
O hub de inovação da companhia lançou o Open2metaverse, uma chamada global voltada para a tecnologia, principalmente para startups que tenham foco no Metaverso.
A companhia telefônica está centrada em buscar soluções de conexão, plataformas visuais e marketplace que possam fazer com que a empresa cresça e alcance uma escala global.
Visando esse conceito de Metaverso e as possibilidades de conexões que ele traz para as empresas, a empresa conseguiu uma parceria com a Meta, empresa dona do Facebook, para poder explorar novas formas de conectividade e tecnologia em conjunto no meio do metaverso.
O acordo de colaboração previsto entre as duas tende a ser importante para ambas, com a Meta abrindo as portas para o metaverso, enquanto a Vivo fornecerá o ecossistema de inovação aberta da empresa.
Educação
Entre os diversos segmentos em que a VV deve investir parte do dinheiro que possui, está a área da educação. Na última semana, em parceria com a Ânima, a Telefônica anunciou a criação de uma joint venture de educação digital.
Após discutir por mais de seis meses sobre a criação, as empresas tiveram enfim a aprovação da Superintendência do Cade, órgão que regula esse tipo de operação, e agora irão finalizar os últimos ajustes para oferecerem cursos livres em diversas áreas com foco em gerar empregos.
Diferentemente da parceria com a Telefónica Open Innovation, em que a Vivo é a acionista majoritária com 98% do capital do fundo Vivo Ventures, no acordo celebrado com a Ânima foi estabelecido que ambas as empresas teriam 50% do capital social da joint venture.