Pedidos de jatos da Boeing (BOEI34) se encontram no limbo – ESTOA

Pedidos de jatos da Boeing (BOEI34) se encontram no limbo

Por conta dos conflitos envolvendo Russia e Ucrânia, 141 pedidos à companhia passaram para um limbo contábil.


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Por conta dos conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia, a fabricante de aeronaves Boeing divulgou nesta quarta-feira (12) que 141 dos seus pedidos se encontram em um limbo contábil, por conta das severas sanções estabelecidas.

Dessa forma, entregas a diversos países foram afetadas por conta dos conflitos e sanções determinadas neste período de pânico.

Como a Boeing foi afetada

A companhia Boeing possuía demandas para diferentes países nos primeiros meses do ano. Dentre os diversos modelos, estavam pedidos à FedEx e à China Airlines.

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A Boeing vinha de um recente crescimento no número de seus pedidos em geral. Entre os meses de Fevereiro e Março, esse aumento foi de 25 pedidos, totalizando 41 entregas. Se comparado com o terceiro mês do ano passado, a alta foi de 12.

Dentre os diversos motivos para o cancelamento da maior parte de seus pedidos, a mais expressiva é, sem dúvidas, os conflitos gerados pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

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Esse evento fez com que o mercado aéreo ucraniano fosse extremamente prejudicado, além de provocar sanções à nação russa.

Esses acontecimentos geraram reajustes contratuais e financeiros acerca de suas aeronaves, o que provocou a desistência dos pedidos.

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É dito que a grande maioria das demandas eram de grandes transportadoras russas, o que explica a desistência.

138 desses pedidos eram do Boeing 737 Max, que é o modelo mais popular da fabricante, incluindo também solicitações dos modelos 777 e 787.

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Boeing 737 Max/Fonte: Melhores Destinos

Apesar das decisões tomadas, caso a posição da fabricante de aeronaves mude, é possível que essas demandas voltem para a lista de pendências da companhia.


Situação das outras fabricantes

Apesar de ser um caso expressivo, essa não é a única companhia do ramo a sofrer com as sanções impostas e os conflitos estabelecidos pela Rússia.

O mercado aéreo russo depende diretamente de aeronaves fabricadas por companhias do ocidente. 

Elas, porém, são quase que inteiramente dirigidas por empresas norte-americanas, que foi uma das primeiras nações a determinar medidas sancionatórias à Rússia.

Uma medida instantânea tomada pelos Estados Unidos é o fechamento de seu espaço aéreo para a Rússia. Isso fez com que as aeronaves permanecessem lá, ou retornassem imediatamente ao país norte-americano.

Nessa linha, a Airbus, por exemplo, foi uma das primeiras a adotar os termos. No dia 03 de Abril, a fabricante decidiu procurar meios alternativos para conseguir o titânio, que é extremamente utilizado em suas produções.

A maior exportadora dessa commodity é a Rússia, o que explica a quebra de laços, cancelando também uma parte de seus pedidos.

A Airbus importava cerca de 50% de todo o seu recurso da nação russa, fazendo com que a medida também a afete de certa forma.

No caso da fabricante brasileira, a Embraer, nenhuma medida foi tomada, pois ela é totalmente dependente da commodity russa.

Sede EMBRAER/Fonte: Reprodução

Outros países também fizeram com que suas empresas de leasing, que operam os aviões, cortassem relações com o território russo. Isso fez com que a grande maioria das aeronaves retornassem aos seus países originais, ou fossem inutilizados.

Por conta disso, a frota aérea russa se reduziu em 10%, fazendo com que o país perdesse 79 de suas aeronaves destinadas à área comercial.


Futuro da Boeing

Apesar do crescimento do mercado aéreo internacional, conflitos como esse só têm a prejudicar e fazer com que as relações entre as fabricantes se tornem obscuras.

Considerando os conflitos dessa época, o primeiro trimestre de 2022 simbolizou uma esperança para esse tipo de companhia.

A Boeing, nesse período, se deparou com uma alta de 114 para 157 pedidos nos primeiros três meses do ano. Considerando as baixas e trocas de modelos, esse número se estabilizou em 145.

Essa alta é similar ao que houve com sua concorrente, a Airbus. Ela obteve um lucro líquido referente a 83 de seus 253 pedidos

Dessa forma, é notório que apesar das grandes dificuldades que os conflitos geraram, o cenário é esperançoso para o fabricante.