Makro decide vender suas operações no Brasil – ESTOA

Makro decide vender suas operações no Brasil


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Foi anunciada nesta terça-feira (13) a venda total das operações da rede de atacado e varejo Makro. O grupo holandês SHV que detinha a rede decidiu deixar a área no Brasil, que andava extremamente competitiva para a franquia.

Dessa forma, a Santander foi contratada para realizar a negociação de cerca de 24 lojas restantes em território brasileiro.

Motivo da venda

Nos últimos anos foi possível notar a diminuição da competitividade da companhia em sua área.  Suas concorrentes, como o Assaí e o Atacadão, estavam dominando a área de varejo, sendo notória a queda em suas operações.

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Foi estimado pelo Jornal Folha de São Paulo que a transação iria movimentar cerca de R$2 bilhões de reais.

Apesar de abandonar a área varejista no Brasil, o SHV ainda possui atuação nos campos relacionados a gás e serviços bancários.

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Makro decide vender suas operações no Brasil
Logo SHV/Fonte: Seek Vector Logo

É dito que a companhia conta com o Santander para mediar a transação, que já possui redes interessadas.

As companhias que criaram um interesse pelo Makro foram, principalmente, o Grupo Pereira (que administra o Fort Atacadista) e o Grupo Muffato, que devem apresentar propostas para a compra das filiais até o final de semana.

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Dessa forma, é previsto que essa movimentação trará o fim das operações do Makro no Brasil, acabando também com a presença do grupo holandês SHV na área varejista no país. Essa decisão já foi tomada pela companhia há mais de 20 anos, dessa vez, na Europa.

Aquisições como essa já aconteceram antes. Recentemente, o grupo Assaí adquiriu cerca de 70 lojas da rede de Hipermercados Extra por uma quantia de, aproximadamente, R$4 Bilhões de reais.

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Essa rede pertencia ao Grupo Pão de Açúcar (GPA), que encerrou as atividades da rede de hipermercados.

O pagamento dessa transação deve ser feito até o mês de janeiro de 2024.

Makro e o Carrefour

Este, porém, não foi o primeiro passo dado em direção ao fim das operações da varejista no Brasil.

As primeiras negociações foram feitas entre os anos de 2020 e 2021, e envolveram cerca de 30 filiais.

A transação movimentou cerca de R$ 1,95 bilhões de reais e fez com que o grupo francês se focasse em minimizar as perdas causadas pela aquisição.

Dessa forma, antes de adquirir as lojas em nome do Atacadão, foi previsto uma taxa de crescimento de 60% para o grupo. Isso, porém, foi contradito pela reabertura das lojas, fazendo com que a companhias previsse uma expansão de 100%.

Makro decide vender suas operações no Brasil
Rede Atacadão/Fonte: Acqua Brasilis

Isso fez com que a rede começasse a obter os lucros vindos da reabertura das lojas.

Nessa época, o CEO da Atacadão (rede administrada pelo Carrefour e que foi responsável pela aquisição), Roberto Müssnich, afirmou que “Quando você abre uma loja, tem os custos de abertura, de recrutamento, de treinamento, de estocagem”.

Dessa forma, o Carrefour registrou uma alta em sua receita líquida no segundo trimestre de 2021, mostrando as vantagens de sua aquisição.

Futuro do Makro e das varejistas

Apesar de representar uma queda nas atividades da Makro, o crescimento do setor varejista no Brasil está se mostrando evidente.


Apesar da situação envolvendo os juros e a inflação (medidos pelo IBGE) na economia brasileira, é notória a expansão desse tipo de serviço no país. 

Após a saída da Makro desse meio, vai ser possível registrar uma alta ainda maior nesse âmbito. Contando com uma franquia a menos para se preocupar, e a incorporação dessas lojas a outro grupo, o cenário é extremamente positivo.

O setor dos atacarejos conta, hoje em dia, com uma gama de mais de 2 mil lojas. Isso faz com que cerca de R$ 230 bilhões de reais sejam lucrados.

Se contarmos apenas o ano de 2020, foi notado um crescimento de 26,7% de acordo com a Nilson IQ.