Aquisições da Fleury (FLRY3) aumentam sua área de atuação
A medida fez com que o setor da medicina diagnóstica crescesse
O Grupo Fleury (FLRY3) adquiriu, recentemente, os laboratórios CDB e Marcelo Magalhães, fazendo com que o grupo registrasse um aumento orgânico no volume de exames.
As aquisições foram em áreas vizinhas à sua de autuação, fazendo com que seu serviço se tornasse ainda mais abrangente. O objetivo da companhia é, ainda, criar um ecossistema que envolvesse a área de diagnósticos.
Aquisições do Grupo Fleury
O grupo Fleury foi uma das companhias envolvidas na área da saúde que mais se interessou nos chamados M&As (Fusões e aquisições entre empresas).
Esse processo começou ainda no ano passado, fazendo com que seus resultados começassem a aparecer ainda neste ano.
Uma das principais aquisições do grupo se deu no final do ano passado, em 2021. Nesse período, ela realizou a compra de uma clínica especializada em ortopedia, a Vita.
Essa compra permitiu que o grupo Fleury aumentasse sua presença no mercado, além de fazer com que a companhia desenvolvesse um tipo de tratamento que exigisse menos visitas aos médicos, diminuindo as “idas e vindas” do paciente.
Também foi nessa época em que a companhia ingressou no âmbito oftalmológico, após a aquisição da clínica de olhos Dr. Moacir Cunha.
O grupo, ainda, adquiriu o centro de infusões Pacaembu, o que também ampliou sua área de atuação, além de anunciar a compra da Alliar, que chefia o laboratório CDB e do Laboratório Marcelo Magalhães.
Essa segunda aquisição foi a segunda maior do grupo, movimentando uma quantia de R$ 384,5 milhões.
Dessa forma, a companhia descreve a relação entre empresas relacionadas ao meio diagnóstico e o ramo hospitalar como uma parceira.
Isso faz com que o Grupo Fleury seja uma das únicas companhias em seu meio a adotar diferentes estratégias.
A CEO do grupo, Jeane Tsuitsui, afirmou que “cerca de 90% da jornada de cuidado do cliente é ambulatorial. E ainda temos uma jornada de crescimento nesse segmento”.
Resultados das aquisições
Além de criar um ecossistema que reúna diagnósticos em diferentes áreas do meio, a companhia também prevê desenvolver um sistema de atendimento à domicílio.
Isso possibilita que não só a coleta de sangue para exames de sangue seja facilitada, mas também a realização de exames mais complexos. Dessa forma, Jeane exemplifica a flexibilização de ultrassonografias e polissonografias.
Essas medidas fizeram com que o grupo detectasse um crescimento orgânico de 24% no ano passado.
A ampliação dos serviços à domicílio também fez com que a empresa crescesse. Seriam necessárias, segundo a CEO do grupo, cerca de 26 unidades para suportar esse crescimento.
Ainda são estudadas medidas para a expansão de sua área primária de atuação.
Apenas no ano de 2021, período em que as aquisições foram feitas, a companhia registrou receita bruta de R$ 4,2 bilhões. Isso representa um crescimento de 30,1% em comparação ao ano passado, e 37,3% no lucro líquido ajustado, que foi de R$ 374,4 milhões, sendo a maior quantia já registrada pela companhia.
No entanto, é dito que a dívida líquida da companhia para o ano de 2021 foi de R$ 1,4 bilhão. Essa quantia equivale à 1,3 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses.
Ações da Fleury
Apesar das altas na quantia lucrada, as ações do Grupo Fleury somam uma baixa no período de 12 meses na Bolsa de Valores.
Dessa forma, no período de um ano, a companhia registrou uma baixa de 39,10% na precificação dos seus ativos.
De qualquer maneira, no dia de hoje (25), a companhia registrou uma ligeira valorização de 0,93%, fazendo com que o seu preço atingisse os R$ 15,76 às 15:00 horas (Horário de Brasília).
Isso fez com que as medidas de crescimento adotadas pelo grupo gerassem dúvidas nos investidores, que permanecem inseguros acerca do futuro da companhia.