Startup Tribal arrecada US$ 41 milhões em tokens
Nesta quarta-feira (27), a startup Tribal anunciou a venda de US$ 41 milhões em ativos digitais chamados de tokens TRIBL, o que representa uma quantia de R$ 202 milhões.
Esse tipo de ativo recompensará as chamadas PMEs (Pequenas e Médias Empresas), e foram listadas na plataforma chamada de CoinList.
Apenas na América Latina, a fintech observou um aumento de cerca de 90 vezes na quantia transacionada.
Dessa maneira, a Tribal deve criar cerca de 100 vagas de emprego para o mercado brasileiro. No total, ela possui 230 colaboradores.
A venda de tokens
O lucro da startup americana veio das vendas dos chamados tokens ERC-20, que são contratos produzidos na blockchain relacionada ao Ethereum. Dessa maneira, esses são ativos digitais atrelados a esse sistema.
Sendo assim, a fintech americana se utilizou dessa criptomoeda para vender seus ativos. A quantia obtida veio através de duas etapas de vendas.
A primeira aconteceu no final de março, e nessa época a empresa registrou um número de cerca de 42 mil detentores de tokens TRIBL. Essa temporada de vendas aconteceu na plataforma chamada CoinList, e arrecadou uma quantia de US$ 18,3 milhões.
A segunda, por sua vez, se baseou na venda de tokens privados, o que garantiu à companhia um lucro de US$ 22,7 milhões. Dentre os diversos participantes, estão a Coinbase Ventures, Digital Currency Group, CoinList Ventures, Shima Capital, Huobi Ventures, Lattice Capital, Circle Ventures e a BECO Capital.
Por se tratar de uma fintech, o objetivo da companhia é integrar os sistemas financeiros à evolução tecnológica. É dito, ainda, que a TRIBL tem como objetivo se tornar o principal token para o próximo protocolo de empréstimos de finanças descentralizadas, chamadas de DeFi, da Tribal.
O diretor de estratégia da fintech, Mohamed Elkasstawi, afirmou que sua missão é instaurar a tecnologia financeira nos serviços prestados às PMEs.
Ele disse, ainda, que “Após a venda do token TRIBL, a empresa está bem posicionada para entregar valor aos nossos clientes na vanguarda das criptomoedas e finanças descentralizadas”.
Startup no primeiro trimestre
As Stable Coins são um tipo de moeda que nasceram no ambiente de criptomoedas, porém, são diretamente ligadas aos ativos tradicionais, como o ouro ou o dinheiro.
Dessa forma, em janeiro deste ano, a companhia anunciou os primeiros resultados das rodadas de dívida fiduciária e criptomoedas.
Esse relatório evidenciou um lucro de US$ 40 milhões. Essa quantia se dividiu entre moeda fiduciária e os stable coins.
Esse tipo de moeda permite transferências internacionais, proporcionando um baixo custo e uma instantaneidade às operações.
Em fevereiro, no entanto, a startup anunciou os primeiros passos da fintech na América latina. A principal medida que possibilitou a expansão de sua área de atuação foi a parceria com a Visa.
A união serviu especialmente para expandir o alcance dos seus serviços destinados às PMEs na América Latina e no Caribe, além de dar origem a um cartão de crédito envolvendo as duas companhias.
Esse cartão é destinado a empresas que visam controlar seus gastos corporativos, sendo o principal serviço oferecido pela Tribal. Esse é o carro-chefe da startup, sendo o principal produto nos 22 países em que atua.
A principal razão que fez com que a Tribal viesse ao Brasil é a alta nesse tipo de serviço no país, o que chamou a atenção da startup americana.
O cientista chefe de pesquisa da Tribal, Ehab Zaghloul, afirmou que através dos Tokens e da tecnologia envolvendo o blockchain, seriam liberados valores ainda maiores aos clientes.
Ele disse, ainda, que “Ao permitir transferências internacionais por meio de stablecoin, conseguimos fornecer movimentação de dinheiro mais rápida e de baixo custo para nossos clientes”.
A companhia anunciou, ainda, a captação de US$ 60 milhões em uma rodada B. Essa transação envolveu os fundos Coinbase Ventures, SoftBank, BECO Capital, Rising Tide e QED Investor.