Suzano (SUZB3) compra totalidade de ações da Vitex e Parkia
Empresa Suzano comprou os ativos florestais da Arapar e do fundo Florestais FIP em negócio fechado nesta quinta-feira.
A Suzano (SUZB3), empresa de papel e celulose anunciou nesta quinta-feira, (28), em comunicado ao mercado, a compra das ações da Vitex e da Parkia, empresas que também atuam neste ramo.
A empresa tradicional, sediada em São Paulo, completará 100 anos em 2024 e é uma das maiores produtoras de papel e celulose do mercado. Atualmente ela está presente em 16 estados brasileiros, além de contar com escritórios fora do país.
Para concluir a compra das ações das duas empresas, a Suzano precisou desembolsar cerca de US$ 667 milhões, equivalente a R$ 3,3 bilhões. Com essa aquisição, ela garantiu os ativos da Vitex Participações e da Parkia Participações e suas subsidiárias em SP, BA, ES e MS.
O acordo entre a Suzano SA com a Arapar e o fundo de investimentos Florestais FIP – donos das ações -, contempla que o pagamento de US$ 667 milhões será feito em duas parcelas. A primeira assim que o contrato for assinado, e posteriormente a segunda parcela daqui a 12 meses.
Investimentos da Suzano
Além dessa aquisição anunciada hoje, a Suzano tem regularmente investido na compra e construção de fábricas para dar conta da sua alta demanda, sendo ela a maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. Além disso, a empresa visa a expansão de seus negócios.
A produtora tem como ambição para os próximos meses e anos, um crescimento para outros produtos relacionados a celulose, para poder ampliar o seu leque, a fim de poder ficar mais próxima dos consumidores de todas as regiões.
Recentemente a empresa investiu cerca de R$ 850 milhões para aumentar o seu raio de ação no Nordeste do país. A construção das fábricas de Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), exigiu da Suzano, por volta de R$ 540 milhões desse valor.
Além disso, com a outra parte deste montante, a empresa anunciou a compra da Fábrica de Papel da Amazônia SA, a Facepa. Ao adquirir a fábrica produtora de papéis sanitários que atua em Fortaleza e em Belém, a Suzano se tornou a terceira maior produtora na área.
Além da expansão da empresa para o Nordeste do país, com este investimento, a Suzano no último ano também cresceu no centro-oeste, desta vez com a construção da maior fábrica do segmento, segundo a própria empresa.
A unidade da empresa que está sendo construída no Mato Grosso do Sul, na cidade de Ribas do Rio Pardo, terá capacidade para mais de 2 milhões de toneladas de celulose por ano. A produção da empresa sairá de 10,9 milhões por ano para cerca de 13,2 milhões anualmente.
No total, o investimento para a construção da fábrica irá beirar a casa dos R$ 20 bilhões, sendo distribuído entre parte industrial (R$ 14,7 bilhões) e atividades florestais, estrutura logística (R$ 4,6 bilhões).
O estado que atualmente já é o primeiro no ranking no país para a exportação de celulose, chegando a um total de 27% de toda a produção e exportação da matéria-prima, agora poderá ter ainda mais empregos voltados a essa área.
Com a construção da unidade em Ribas do Rio Pardo, está previsto tanto pela empresa, quanto pelo governo do estado, que cerca de 10 mil empregos diretos sejam criados em 2023 para que sejam concluídas as obras.
Após as obras, a fábrica empregará cerca de três mil pessoas de forma fixa ou terceirizada.
Lucro e Vendas
No quarto trimestre de 2021, a Suzano SA registrou alguns aumentos com relação a lucro líquido, receita, além das vendas de papel e celulose, mas o destaque maior ficou por conta do Ebitda da empresa, que bateu o recorde trimestral, com crescimento de 60%.
Durante o período, a receita líquida da empresa foi de R$ 11,4 milhões, valor 43% maior no trimestre em comparação ao ano anterior, já no acumulado de 2021 inteiro, houve um aumento de 34% para um total de R$ 40 milhões de receita.
O lucro líquido apesar de diminuir cerca de 61% do total devido às variações cambiais, ainda apresentou um valor de R$ 2,3 bilhões durante os últimos três meses do ano. Já nas vendas, o crescimento foi tímido.
A Suzano teve durante o trimestre uma produção de 2,722 mil toneladas de celulose e 371 mil ton de papel, um acréscimo de 2% e 5%, respectivamente.