Oi (OIBR3) anuncia venda de serviço de TV via satélite e clientes vão para a Sky – ESTOA

Oi (OIBR3) anuncia venda de serviço de TV via satélite e clientes vão para a Sky

Após o negócio para a transferência da base de clientes do serviço de TV, operadora OI prestará serviços à Sky.


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A Oi (OIBR3) concluiu nesta quinta-feira, (28), a venda da sua base DTH, modalidade de transmissão de televisão digital via satélite para a Sky, dando continuidade aos processos em busca de solução para a recuperação judicial. 

O acordo entre as duas empresas, que não teve seu valor revelado, fará com que a base de clientes do serviço de TV por assinatura da operadora e a de IPTV vá para a concessionária brasileira.

A Sky antes da aquisição dos clientes da Oi TV, contava com 4,1 milhões de assinantes, agora ela irá adquirir por volta de 1,74 milhões, além de 80 mil usuários que usavam os serviços de IPTV.

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No entanto, no acordo celebrado entre as duas companhias, a Oi ainda prestará serviços à Sky relacionados à infraestrutura do IPTV e compartilharão a receita da operação. O negócio ainda depende da aprovação do Cade.


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Processo de recuperação judicial

O longo processo de recuperação judicial da empresa que começou em 2016 depois da operadora acumular inúmeras dívidas que chegaram a um total de R$ 65 bilhões. Desde então, a Oi vendeu diversos ativos em busca de soluções.

Em dezembro do ano passado, a Oi anunciou a venda dos seus ativos móveis para suas três principais concorrentes, a Vivo, a Claro e a Tim. A cessão ocorreu por meio de um leilão. O valor pago pelo consórcio foi de R$ 16,5 bilhões.

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Apesar dos números do leilão, o negócio foi revisto com valores reajustados, o que fez com que o valor da venda ficasse em R$ 15,92 bilhões.

O processo da transferência dos ativos da Oi para as outras três operadoras, assim como a recuperação judicial em si, foi complexo, devido à migração dos clientes para as outras operadoras do consórcio.

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Acordo previu uma divisão dos clientes da Oi por DDD /Fonte: Super Rádio Tupi

No acordo feito entre as empresas, houve uma divisão para acolher a base de clientes com base no DDD do usuários. A Tim foi a operadora que mais absorveu DDDs, com 29 ao todo, seguida pela Claro com 27 e a Vivo foi a que menos teve clientes migrando, com apenas 11 DDDs.

Proporcionalmente, o investimento da Tim também foi maior do que o das outras rivais da Oi, para a aquisição dos ativos móveis da operadora, a Tim desembolsou quase R$ 7 bilhões. 


A Telefônica/Vivo, apesar de ter adquirido apenas 11 DDDs, irá pagar R$ 5,37 bilhões pelos ativos da Oi, valor superior ao que a Claro desembolsou na transação, mesmo com a operadora tendo adicionado 15 DDDs a mais para a sua base de clientes.

A parte da Claro no negócio foi a menor entre as três, R$ 3,5 bilhões. A empresa inclusive já pagou quase o valor total da transação, desembolsando R$ 3,246 bilhões. 

Segundo a Oi, a migração dos mais de 40 milhões de clientes deve ocorrer até o final deste ano em fases e contando com comunicados prévios para os usuários não serem pegos de surpresa.

Balanço da Oi adiado

A publicação do balanço trimestral da Oi foi adiada pela segunda vez. Anteriormente previsto para o dia 29 de março, os resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 foram postergados para o dia 27 de abril, porém não houve a divulgação.

A empresa usou como justificativa para o adiamento, a complexidade para a venda dos seus ativos móveis que foram leiloados em dezembro, mas só teve a operação concluída agora no final de abril.

Por precisar de mais tempo útil para finalizar estes trâmites, a Oi divulgou que a nova data para a publicação é 4 de maio. A empresa ainda divulgou números preliminares não auditados do período.

O Ebitda foi o único indicador que apresentou alta com relação ao 4T20, chegando a R$ 1,48 bilhão contra R$ 1,46 bilhão.

Receita líquida e caixa recuaram. Com a receita caindo de R$ 4,72 bilhões em 2020 para R$ 4,5 bilhões no ano passado, e o caixa saindo de R$ 4,55 bilhões para R$ 3,29 bilhões.