PMI industrial do Brasil e do mundo registram queda no mês de abril – ESTOA

PMI industrial do Brasil e do mundo registram queda no mês de abril


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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) global caiu de 52,9 em março para 52,2 em abril, segundo medição realizada em conjunto por S&P Global e o banco JPMorgan Chase.

O nível do mês passado é o mais baixo desde agosto de 2020, e também representa a primeira queda em 22 meses, de acordo com comunicado divulgado pela S&P Global.

A nota destaca que o recuo foi puxado pelas restrições impostas na China por causa do surto local de covid-19.

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Entre outros fatores, aumento das tensões geopolíticas, interrupções na cadeia de suprimentos e escalada de pressões inflacionárias também pesaram sobre o indicador, diz a consultoria.

“O PMI da produção industrial caiu acentuadamente em abril sugerindo notável deterioração na indústria global. No entanto, a queda do PMI de abril refletiu principalmente uma queda de 7,9 pontos na China, já que as restrições da covid-19 em vários cidades foram apertadas. Parece que os preços estão novamente em alta tanto em insumos quanto em produtos manufaturados”, destaca a economista do JPMorgan Olya Borichevska.

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PMI industrial no Brasil

Já o PMI industrial do Brasil caiu para 51,8 pontos em abril, após 52,3 pontos registrados em março. O resultado deixa o indicador ainda acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.

Segundo a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, já era esperado que o crescimento do setor ficasse contido em abril, devido à pressão inflacionária e ao aumento dos juros.

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“Os principais pontos positivos dos resultados mais recentes incluem outra rodada de criação de empregos e uma retomada da confiança nos negócios. Dito isso, provavelmente veremos uma desaceleração das contratações nos próximos meses caso a demanda permaneça reduzida”, diz em nota.

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Escassez global

“Uma queda na confiança nos negócios indica que as empresas percebem muitos empecilhos que provavelmente atrapalharão o crescimento. Entre eles, a escassez de insumos, a guerra entre Rússia e Ucrânia e o crescimento da inflação.”

Segundo a S&P Global, as empresas relataram aumentos menos intensos nos pedidos a fábricas e na produção, além de uma queda mais rápida em novos negócios de exportação. A fragilidade do setor automotivo, a pressão sobre os preços e a escassez global de matéria-prima impediram um crescimento maior da produção.

Entre os segmentos, os fabricantes de bens de consumo registraram forte crescimento, mas os de bens intermediários e de produção apresentaram arrefecimentos significativos.

“Outro fator que pode inibir o crescimento futuro do índice de emprego é a inflação, pois as empresas estão buscando reduzir seus custos operacionais. Este mês, algumas empresas citaram uma limitação da compra de insumos devido à pouca liquidez e ao aumento dos preços”, acrescenta Lima.

*Com Estadão Conteúdo.