Klabin (KLBN11) registra alta nos lucros para o primeiro trimestre
A receita líquida da companhia chegou a crescer em 28% na comparação anual
Nesta terça-feira (03), foi publicado pela Klabin (KLBN11) o balanço do seu desempenho para o primeiro trimestre de 2022. Nele, foram divulgadas altas para a sua taxa de receita e lucro líquidos.
Após divulgar a alta em seus lucros, a companhia afirmou que o reajuste nos preços compensaram o aumento em seus custos, garantindo assim, uma taxa de lucratividade maior à companhia.
Klabin no primeiro trimestre
O balanço referente ao desempenho no primeiro trimestre do ano, divulgado pela companhia, deixou explícita a alta em sua taxa de lucratividade e a diminuição em seus custos.
Nesse documento, foi possível identificar um crescimento de 28% na taxa de receita líquida, que terminou o período somando uma quantia de R$ 4,422 bilhões. O lucro líquido da empresa também aumentou em 108%, indicando uma quantia de R$ 875 milhões, superando os R$ 100 milhões projetados para a Klabin.
A margem Ebitda, que é a taxa sobre a receita líquida, também cresceu, terminando o primeiro trimestre do ano nos 39%. Isso representa uma alta de 2% ante o primeiro trimestre do ano passado.
O Retorno sobre Capital Investido, chamado de Roic, também foi alvo de expansão, indicando uma taxa de 20,1% durante os primeiros três meses do ano. Na comparação anual, essa quantia foi 3,5% maior.
Os custos para produção da companhia, no entanto, aumentaram. O gasto para a produção da sua principal commodity, a celulose, foi de R$ 1.291 a cada tonelada no primeiro trimestre do ano, indicando uma alta de 66% em relação ao 1T21.
Dentre os diversos motivos para a alta no seu preço, a companhia destaca a parada de fábricas em função de manutenção, greves e maiores dificuldades no âmbito de logística, além do aumento no preço das commodities utilizadas em seu processo.
Apesar das diversas dificuldades, a Klabin ainda pôde se deparar com uma melhora do seu lucro.
Seu resultado apontou, ainda, uma despesa de R$ 77 milhões para o 1T22, sendo 68% menor na comparação anual.
Motivos das altas
Ao divulgar o documento, a companhia também se pronunciou sobre os seus lucros, destacando os fatores com os quais a empresa teve de se relacionar.
Dessa maneira, a Klabin afirmou que diante da pressão exercida pelas taxas de inflação e a valorização do real sobre o dólar, ao fazer reajustes em sua precificação foi possível não só superar esses fatores, mas garantir uma maior parcela de lucro à Klabin.
Ainda foi dito que as diversificações de fibras e de flexibilidade de venda da companhia entre regiões foram o que mantiveram o resultado do segmento sólido neste trimestre.
Outro ponto analisado pela companhia foi a alta na demanda dos chamados kraft liners, um tipo de papel fabricado pela Klabin, no mercado exterior e a tendência do papelão ondulado no mercado doméstico. Isso fez com que a empresa tomasse decisões estratégicas para suprir os dois âmbitos.
Dessa maneira, a Klabin afirmou que “Diante deste cenário, a Klabin fez uso de sua flexibilidade, reduzindo a conversão de papel em embalagens internamente e aumentando a exportação de kraftliner a preços recordes”.
Ações da Klabin
Seguindo as altas em sua taxa de lucro, os ativos da companhia demonstraram uma tímida valorização. Dessa maneira, às 14:51 horas (Horário de Brasília), o preço de seus títulos atingiram os R$ 21,27, representando uma alta de 1,48%.
No entanto, se forem consideradas outras perspectivas, é notória a soma de desvalorizações nesse quesito. No período de um mês, a companhia apresentou uma queda de 9,72%. Já em um ano, suas ações caíram em 22,78%.
O período de insegurança referente às taxas de inflação no Brasil e nos Estados Unidos foi a maior dificuldade da companhia. Isso fez com que a demanda pelos seus produtos diminuíssem e o preço das commodities aumentasse.
Apesar disso, a companhia apresentou uma posição relativamente consolidada nesse âmbito.