Preço da assinatura da Amazon Prime vai aumentar no Brasil

A multinacional Amazon (AMZO34) anunciou nesta terça-feira (03) que o aumento no preço do seu serviço de assinatura, o Amazon Prime, vai chegar ao Brasil. O preço, inicialmente de R$ 9,90 por mês, passará a ser de R$ 14,90 mensais.

Essa mudança é confirmada para acontecer no dia 20 de maio, e já era esperada por analistas do mercado.

Aumento no preço

O Amazon Prime é o principal serviço de assinatura da gigante Amazon. Esse programa prevê uma série de benefícios, como frete grátis nas compras feitas em suas lojas e acesso livre ao seus serviços de streaming, o Amazon Prime Video e o Amazon Music, e conta com mais de 200 milhões de clientes no mundo.

Seu preço, no Brasil, permanecia sem mudanças desde a sua estreia no país, em 2019. Porém, neste ano, a companhia anunciou o primeiro reajuste no preço de sua assinatura.

O aumento do plano mensal vai ser de R$ 5,00, fazendo com que o preço passe a ser de R$ 14,90. No entanto, o plano anual se deparou com uma alta de R$ 30, resultando em R$ 119 por ano.

Essas mudanças entrarão em vigor no dia 20 de maio. No entanto, os assinantes anteriores ao aumento só serão atingidos no dia 24 de junho deste ano.

Dessa maneira, para assinar o plano com o preço original, novos clientes têm até o dia 19 de maio para contratarem o serviço.

Esse reajuste, no entanto, já foi observado anteriormente em outros países. A principal razão apontada pela companhia para as mudanças são as produções de séries originais, que receberam um grande investimento.

Além de anunciar o aumento, a empresa também se pronunciou sobre o caso. Dessa forma, a Amazon afirmou que mesmo com todos os investimentos feitos para a melhora dos serviços prestados, seu preço ainda continuou o mesmo desde sua estréia.

A companhia disse, ainda, que “Com a expansão dos benefícios e aumento de custos operacionais gerais, aumentaremos em 20 de maio de 2022 o preço da mensalidade”.

Amazon no primeiro trimestre

Antes de anunciar a mudança no preço da Amazon Prime no Brasil, a companhia havia divulgado seu balanço de desempenho para o primeiro trimestre do ano.

Esse levantamento foi publicado no dia 28 de abril. Nele, foi possível observar grandes prejuízos para a empresa nesse período do ano.

No 1T22, a companhia registrou uma perda de US$ 3,8 bilhões. Essa foi a primeira vez em que a Amazon registrou quedas desde 2015. Também foi notada a menor taxa de crescimento para este período.

O conturbado cenário envolvendo os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, a pressão causada pelas taxas inflacionárias e as consequências da pandemia de Covid-19 são as principais razões para o prejuízo da empresa.

Isso mostra as dificuldades que a companhia enfrenta em se manter. Apesar de apontar a desvalorização da Rivian Automotive, uma subsidiária da companhia, a Amazon continua com esperanças para o segundo trimestre desse ano, esperando uma receita entre US$ 116 bilhões e US$ 121 bilhões, apresentando uma alta de, no máximo, 7% na comparação anual.

O CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou que suas equipes estão focadas em melhorar a produtividade e eficiência de sua rede de atendimento.

Ele disse, ainda, que “Nós (Amazon) sabemos como fazer isso e já fizemos isso antes. Isto pode levar algum tempo”.

Ações da Amazon

O anúncio do reajuste do seu serviço de streaming gerou consequências diretas na precificação de seus ativos.

No dia de hoje (03), foi possível analisar às 15:49 horas (Horário de Brasília) uma queda de 2,49%, fazendo com que o preço dos seus ativos atingissem os R$ 78,03.

A soma de desvalorizações, no entanto, continua em diferentes perspectivas. Em um período de um mês, essa quantia foi de -20,67%, em seis meses, -37,35%, e em um ano, -32,64%.