Fed analisa inflação alta nos EUA e Powell aponta preocupação
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) avalia que a inflação nos Estados Unidos continua elevada, refletindo os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços de energia mais altos e pressões de preços mais amplas, de acordo com comunicado com a decisão de política monetária do banco central.
Na visão dos dirigentes, a invasão da Ucrânia e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica.
Além disso, os bloqueios relacionados à covid-19 na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos, avalia.
“O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários”, afirma o comunicado.
Com “firmeza adequada na postura política”, o Fed espera que a inflação retorne ao seu objetivo, de 2%, e o mercado de trabalho se mantenha forte, indica o documento.
Preocupação do presidente do Fed
O Presidente do Fed, Jerome Powell começou sua coletiva de imprensa com uma mensagem à população dos EUA, reconhecendo os desafios impostos pela alta inflação no país e reforçando que a entidade está se movendo para reverter a pressão sobre os preços.
Controle
Segundo Powell, os EUA passou por muitas dificuldades e, ainda assim, sua economia se manteve firme. Para que essa tendência se mantenha, é fundamental controlar a inflação, de forma a prover estabilidade econômica.
Em adição ao cenário de forte inflação, o mercado de trabalho está “extremamente apertado” e as pressões nos preços, amplas, disse Powell.
A demanda interna dos EUA também está muito forte, e os gargalos na cadeia produtiva não permite que ela seja completamente atendida, ressaltou o banqueiro central.
*Com Estadão Conteúdo