Elasticidade: O que é e como prever

Elasticidade é um termo presente na área da Microeconomia (também chamada de teoria dos preços), campo que visa estudar e entender a economia partindo de um ponto de vista individual.

Ou seja, é uma parte que se foca nas ações e produtos dos consumidores de uma forma mais íntima.

O termo em si visa descrever a relação entre duas variáveis, onde uma é afetada pela variação percentual da outra, mudando assim seu preço.

Ela pode, ainda, ser utilizada para medir o nível de reação de clientes quando expostos a diferentes mudanças nessas variáveis.

Como surgiu a elasticidade?

 Os estudiosos acerca do tema assumiram duas variáveis, e se propuseram a estudar a relação entre elas.

A primeira delas é a demanda, que se refere à procura por um determinado produto. A outra é intimamente ligada ao preço, tendo o mesmo nome.

Como funciona a relação entre os dois termos?

Basicamente, quando a demanda por determinado produto/ação aumenta, é consequente o aumento do preço. O inverso também é verdadeiro.

Essa regra é levada em consideração quando sua variação é constante, e seu bem é normal.

Ou seja, quando há uma queda no preço de algum produto, automaticamente a demanda dele é elevada. Porém, por causa do aumento da segunda, a primeira também cresce, gerando uma relação de causa/consequência no campo da economia, administrada pelo Banco Central. 

Esse é o conceito puro da terminologia. Porém, diferentes tipos de bem podem gerar diferentes níveis de variação, podendo ser maior ou menor do que foi previsto.

Estas diferenças na relação das variáveis se devem aos tipos de bem diversos que existem na economia.

Quais são os tipos de bens?

O primeiro tipo, o bem elástico, sugere uma relação diferenciada entre as duas variáveis. Ou seja, quando há uma variação menor a determinado valor no preço, é notada uma variação um pouco maior na demanda, e vice e versa.

Exemplos dela são todos os bens considerados ‘’dispensáveis’’ na vida de uma pessoa, incluindo viagens,aluguel de casas e etc.

Existem também os bens inelásticos, que funcionam de maneira similar ao anterior. Nesses, um aumento de determinado valor no preço gera uma diminuição muito menor na demanda do que o previsto.

Produtos considerados de extrema importância se encaixam neste tipo, como remédios controlados, consumo de água, e todos os produtos essenciais para a sobrevivência de uma pessoa.

Já no caso do bem com elasticidade unitária, a escala de variação entre os dois termos permanece a mesma. Uma variação de determinada % no preço, gera uma redução na demanda do mesmo valor.

Apesar de ser o tipo mais simples, ele é o mais difícil de se observar. Isso porque o fenômeno da elasticidade também é relativo à condição social e inerente de cada indivíduo.

Por exemplo, para uma pessoa de classe social alta, uma determinada mudança no preço de um produto pode não gerar diferença quanto ao seu consumo. Porém, para outro indivíduo na mesma condição, isso pode não ser verdade.

Como prever e medir a elasticidade?

Existe uma fórmula matemática que tem como objetivo identificar e atribuir valores ao fenômeno.

Dessa forma, a diferença entre a demanda inicial e final é dividida pela demanda inicial, obtendo um resultado Q.

Depois, é feito o mesmo processo, dessa vez com o preço, obtendo um resultado P.

Daí, o valor Q é dividido pelo valor P. Aí, é obtida a taxa de elasticidade.

O fenômeno é usado em diferentes áreas fora da economia, como por exemplo no comércio. Isso porque seu cálculo pode ajudar a identificar e prever o comportamento de seus consumidores diante uma mudança de preços. 

Ela também ajuda a precificar em um cenário onde a demanda caiu drasticamente, evitando equívocos por parte do comerciante.

Já a identificação desses bens pode ajudar a prever uma suposta vantagem de empresas ao adquirir ou não determinada ação que pode variar seu preço.

Ela está presente em diferentes campos presentes na área, como a variação em preços de combustíveis, e em preços de imóveis.