CBA (CBAV3) apresenta alta nos lucros no primeiro trimestre  

Nesta segunda-feira (09), a CBA (CBAV3) divulgou seu balanço de resultados para o primeiro trimestre de 2022. Nesse relatório, foi possível identificar uma alta em seu lucro líquido, fazendo com que a companhia superasse os resultados apresentados no mesmo período do ano passado.

CBA no primeiro trimestre

O lucro líquido da companhia foi a principal área a notar essa alta. No primeiro trimestre deste ano, essa quantia foi de R$ 426 milhões, mostrando um crescimento em relação aos R$ 133,1 milhões registrados no 1T21.

A taxa Ebitda (lucro antes  juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da CBA também mostrou um crescimento. Essa quantia foi, nesse período, de R$ 552 milhões, apresentando uma alta de 53% na comparação anual (R$ 360 milhões) e 10% em relação ao quarto trimestre de 2021 (R$ 501 milhões).

Sua margem Ebitda foi, por sua vez, de 24% nesse primeiro trimestre, mostrando um crescimento de 4% em comparação ao mesmo período do ano passado, e 3% em relação ao 4T21.

Dessa maneira, a receita líquida da companhia totalizou, nesse período, os R$ 2,292 bilhões, crescendo em 28% na comparação anual (R$ 1,793 bilhões), mas diminuindo em 5% na em relação ao último trimestre (R$ 2,326 bilhões).

O volume de vendas de alumínio da CBA, no entanto, apresentou uma queda na comparação anual. Dessa forma, as 52 mil toneladas negociadas no segmento de primários no primeiro trimestre simbolizaram uma queda de 15% ante o 1T21 (61 mil toneladas).

O segmento de transformados totalizou 33 mil toneladas nesse período, apresentando uma queda de 13% ante o 1T21 (38 mil toneladas).

As despesas operacionais da CBA também cresceram. Essa quantia foi, no primeiro trimestre, de R$96 milhões, apresentando uma alta de 25% em na comparação anual (R$ 77 milhões), mas diminuindo em 23% em relação ao último trimestre (R$ 125 milhões)

A companhia apresentou, ainda, a composição de sua receita líquida no período. 93% dos de sua arrecadação vieram das vendas de alumínio. A quantia restante, 7%, vieram de operações relacionadas à energia.

Motivo para a alta nos lucros

Apesar da queda no número de toneladas de alumínio negociadas, segundo a companhia, a valorização dessa commodity foi o principal fator que fez com que a metalúrgica apresentasse esse crescimento em seus números.

Segundo a empresa, o ano de 2022 começou com uma perspectiva positiva para o mercado do alumínio, que já havia apresentado altas em seu preço. Os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia foram os principais fatores que impulsionaram sua precificação.

A CBA afirmou, ainda, que “A média do preço do alumínio no 1T22 foi de US$ 3.280 por tonelada, um crescimento relevante de 56% em comparação com o 1T21″, atingindo seu preço máximo no período de US$ 3.985 por tonelada.

Além disso, a recente valorização do real em relação ao dólar também proporcionou bons números à empresa. Na comparação anual, foi dito pela CBA que essa alta na moeda foi de 17%.

Seu balanço divulgou, ainda, um repasse de dividendos por parte da companhia. Após ser aprovado em Assembleia Geral no dia 29 de abril deste ano, a medida prevê o pagamento de R$ 172 milhões, sendo R$ 0,29 por ação ordinária e preferencial.

A data para esse repasse também foi confirmada. A operação deve ocorrer no próximo dia 18, apoiando-se na base acionária do dia 29 de abril. No último dia 02, suas ações passaram a ser negociadas como ex-dividendos.

Ações da CBA

Após divulgar seu balanço trimestral, os ativos da companhia apresentaram uma rápida desvalorização. Dessa maneira, suas ações somaram até às 14:31 horas (Horário de Brasília) uma queda de 10,97%, fazendo com que seu preço atingisse os R$ 12,98 nesta segunda-feira (09).

No intervalo de um mês, seu preço caiu em 28,06%, apesar de somar uma alta de 8,92% no período de um ano.