Vendas do Grupo Mateus (GMAT3) avançam no segundo trimestre – ESTOA

Vendas do Grupo Mateus (GMAT3) avançam no segundo trimestre

O desempenho para abril e começo de maio superou as expectativas da companhia, que possui uma boa visão sobre o decorrer do ano


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Nesta terça-feira (10), o CEO do Grupo Mateus (GMAT3), Ilson Mateus, afirmou que o desempenho de vendas da varejista superou as expectativas para o começo deste segundo trimestre.

Ainda no primeiro trimestre do ano, a companhia registrou uma alta em seus lucros, gerando uma visão positiva sobre o próximo período por parte da rede varejista.

Expectativas para o segundo trimestre

Durante a teleconferência para a apresentação de resultados do primeiro trimestre do ano, o executivo confirmou que as chamadas vendas em mesmas lojas, SSS em inglês, apresentaram um desempenho bem acima do esperado em abril e no começo de maio.

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Segundo Mateus, o Auxilio Brasil foi um fator de extrema importância para a alta nas vendas nos primeiros meses do segundo trimestre. Dessa maneira, o CEO afirmou que o setor de eletrodomésticos foi um dos mais beneficiados.

CEO do Grupo Mateus, Ilson Mateus/Fonte: ISTOÉ Independente 

O diretor financeiro e de relação com os investidores do Grupo Mateus, José Morgado Filho, também se pronunciou sobre a alta das vendas: “Estamos muito otimistas. Esperamos que as vendas venham melhor no segundo trimestre. Já vimos isso em abril e no começo de maio. Temos crescimento mesmas lojas bem acima do que a gente esperava”.

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Além disso, a companhia também tem focado seus esforços em logística e na melhora das entregas de seus móveis.

No primeiro trimestre, as vendas nas mesmas lojas da companhia subiram em 12,7% na comparação anual, além de apresentarem alta de 27,2% em seu lucro líquido, que foi de R$ 199 milhões em relação ao 1T21.

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Dessa maneira, a receita líquida do Grupo Mateus também apresentou expansão. Seu crescimento foi,na comparação anual, de 36,2%, totalizando os R$ 4,6 bilhões.


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Sua taxa Ebitda (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) foi, no primeiro trimestre, de R$ 262 milhões. Essa quantia demonstra um crescimento de 36,2% em relação ao mesmo período no ano passado.

Nesse período, a companhia também contou com 16 novas lojas, sendo 11 delas em locais onde a rede varejista ainda não possuía atuação, um importante fator para o aumento em suas vendas. No intervalo de um ano, a companhia chegou a abrir 49 novas lojas no Brasil.

Suas expectativas para o decorrer de 2022 seguem positivas: a companhia vai, ao longo deste ano, seguir com seu plano de expansão no Norte e Nordeste brasileiros. Neste segundo trimestre, estão planejadas inaugurações no Maranhão, Ceará e no Pará, além de sua estreia em Alagoas e Sergipe.

Mix Atacarejo, do Grupo Mateus em Sergipe/Fonte: Themos Vagas

A margem bruta do Grupo Mateus, no entanto, apresentou uma queda de 1,5%, totalizando os 22,3% no primeiro trimestre. Segundo a rede, essa margem para o resto do ano não deve se distanciar da apresentada no 1T22. 

Isso, segundo a companhia, se dá pela alta nas taxas de inflação, que também atrapalhou o processo de maturação das novas lojas, que levam cerca de 6 meses para se concretizar.

Apesar dos altos custos, Ilson Mateus defende que a companhia possui caixa para concluir seu projeto de expansão. A alta expectativa para a captação de recursos ao longo de 2022 faz com que, segundo o CEO, a companhia se depare com um quadro de dívidas pequenas, ou inexistentes.

Ações do Grupo Mateus

Após divulgar suas expectativas positivas para o segundo trimestre do ano, os ativos do Grupo Mateus apresentaram uma grande valorização nesta terça-feira (10).

Dessa forma, às 14:39 horas (Horário de Brasília), as ações do grupo somaram uma valorização de 7,39%, fazendo com que seu preço atingisse os R$ 4,65.

No período de um mês, no entanto, o preço de seus títulos somam uma queda de 6,75%, enquanto no intervalo de um ano, essa desvalorização atinge os 39,90%. Desse total, 34,90% aconteceram apenas durante 6 meses.

Isso deixa evidente a pressão das taxas de inflação sobre as companhias do setor varejista, que têm lutado para diminuir seus prejuízos.