Grupo SBF (SBFG3) vê queda nas produções da Nike por conta de lockdown na China – ESTOA

Grupo SBF (SBFG3) vê queda nas produções da Nike por conta de lockdown na China

A medida adotada afetou as indústrias da companhia, diminuindo sua produtividade


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O Grupo SBF (SBFG3), dono da companhia Centauro e da Nike (NIKE34) afirmou nesta quarta-feira (11), que a chegada de novas coleções da marca foi afetada pelo novo Lockdown estabelecido na China, após novos surtos de Covid-19 no país.

A companhia registrou, ainda, uma alta em seus lucros para o primeiro trimestre de 2022, recuperando o prejuízo do último período.

Produtividade da Nike

Nesta quarta-feira (11), o CFO do grupo, José Luís Magalhães Salazar, afirmou que os níveis de estoque vindos do país asiático diminuíram por conta de atrasos envolvendo seus suprimentos.

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Por conta da medida estabelecida na China e do câmbio, o CEO do grupo SBF, Pedro de Souza Zemel, afirmou que trazer determinadas linhas de produção ao Brasil é uma ótima estratégia para a Nike.


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Dessa forma, ele destacou que cerca de 40% dos produtos da marca comercializados pela Fisia no Brasil são produzidos nacionalmente. Essa quantia, no entanto, está em crescimento.

Segundo a companhia, as camisetas utilizadas pela seleção brasileira já são totalmente produzidas em território brasileiro.

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Apesar da situação na China, Salazar afirmou que o fornecimento de materiais e a produção de suas peças já estão sendo normalizados. Ele disse, ainda, que caso a normalização de fato ocorra, em breve será provável identificar uma alta em suas vendas.

Fábrica da Nike na China/Fonte: China Daily

Para a vendedora de produtos da Nike no Brasil, a Fisia, o mês de abril foi extremamente positivo para as suas vendas. O desempenho de suas lojas físicas, segundo o CFO do Grupo SBF, foi ótimo.

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No período de um ano, é possível identificar uma desvalorização de 23,35% nos ativos da Nike. Às 15:35 horas (Horário de Brasília) do dia de hoje (11), suas ações atingiram os R$ 55,87, somando uma queda de 0,30%.

Primeiro trimestre do Grupo SBF

Apesar de apresentar dificuldades em relação à situação da China, a companhia detentora da Centauro e da Nike apresentou uma alta em seus lucros no primeiro trimestre de 2022.

Nesse período, o grupo apresentou um lucro líquido de R$ 17,6 milhões. Essa quantia reverteu o prejuízo de R$ 36,18 milhões registrado na comparação anual. Sua margem bruta foi, por sua vez, de R$ 1,3 bilhão, mostrando um crescimento de 65% ante o primeiro trimestre de 2021.

Seu Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado apresentou uma expansão de 400% ante o 1T21, atingindo os R$ 185 milhões.

Aumento no lucro/Fonte: Disque Camisetas

Também foi possível analisar uma alta no desempenho da Nike para esse período. Na comparação anual, sua receita bruta cresceu em 63%, suas vendas em mesmas lojas (SSS) em 54,8% e suas vendas online em 120%.

A Centauro, por sua vez, mostrou uma alta em sua receita bruta, que foi de R$ 844 milhões durante o primeiro trimestre deste ano, aumentando em 40% ante o mesmo período do ano passado.

Aquisições da SBF

Focada na expansão de seu ecossistema de esportes, o Grupo SBF tem investido em aquisições. Operada pela SBF Ventures, a primeira aquisição da companhia foi a NWB, que detinha canais de conteúdo esportivo, como Desimpedidos e Acelerados.

Neste ano, o Grupo SBF ficou conhecido por adquirir dois negócios: a Sportstech OneFan, e a X3M, focada em marketing esportivo. No entanto, nesta terça-feira (10), a companhia anunciou a compra de uma plataforma de dança brasileira, a FitDance.


Segundo o general manager do grupo, Gustavo Furtado, essa plataforma interage com público grande e engajado em seu meio. A FitDance foi fundada em 2014, e oferece mais de um milhão de aulas por ano em cerca de 15 mil academias ao redor do mundo, inclusive, no Brasil.

O co-fundador da SBF, Bruno Duarte, afirmou que a entrada da plataforma em seu ecossistema poderá, ainda, expandir sistemas com a aplicação de tecnologias, como os NFTs e a realidade virtual.