Grupo Ânima (ANIM3) registra queda em seus lucros na comparação anual
Além de registrar queda em seu lucro líquido, a companhia também se deparou com uma alta em sua base de alunos
Nesta segunda-feira (16), o Grupo Ânima (ANIM3) divulgou seu balanço para o primeiro trimestre de 2022. Apesar de apresentar queda em seu lucro líquido, o grupo de educação se deparou com uma alta em sua base de alunos para este período do ano.
Grupo Ânima no primeiro trimestre
Segundo os dados divulgados pela empresa, o lucro líquido registrado para os primeiros três meses do ano da companhia foi de R$ 51 milhões, representando uma queda de 16,4% na comparação anual.
De acordo com a companhia, o impacto forte em seu Resultado Financeiro já era previsto, levando em consideração os empréstimos feitos pelo grupo para a aquisição de outras unidades, com integração em junho de 2021.
Entretanto, a receita líquida da companhia apresentou altas neste período. Essa quantia foi, no primeiro trimestre do ano, de R$ 902,4 milhões, apresentando um crescimento orgânico de 11,7% nesse intervalo e uma alta de 120,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, em que a quantia foi de R$ 408,7 milhões.
O aumento na base de alunos devido às aquisições foi novamente citado pela companhia como principal agente no crescimento da receita líquida. A composição dessa quantia foi, portanto, de 95,06% referente ao Ensino Acadêmico (envolvendo o EAD e o chamado Inspirali) e 4,4% ao Lifelong Learning.
O Ebitda (Lucro ante juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do Grupo Ânima foi de R$ 339,1 milhões no primeiro trimestre do ano, somando uma alta de 143,6% na comparação anual (R$ 139,2 milhões).
Sua margem Ebitda (Ebitda sobre a receita líquida) também mostrou altas. Nesse intervalo, a taxa atingiu os 37,6%, sendo 3,5% maior em relação ao 1T21.
Nesta segunda-feira aconteceu, também, a teleconferência de resultados da companhia. Lá, o CFO do grupo, André Tavares Andrade, afirmou que o indicador PDD da companhia (Provisão para Devedores Duvidosos) está em seu patamar mais elevado, e que não deverá aumentar.
No primeiro trimestre, seus gastos com o indicador foram de R$ 55,7 milhões, apresentando uma alta de 259,4% na comparação anual, e uma queda de 189,7% em relação ao 4T21.
Durante esse evento, o executivo também foi questionado sobre a influência das taxas inflacionárias. Segundo Tavares, os acordos salariais começaram a ser discutidos ainda neste mês, e devem ocorrer até junho deste ano.
Dessa maneira, o ritmo das negociações, segundo o executivo, é bastante respeitoso e saudável, e que não indicam alterações acima da inflação, acompanhando as taxas ou sendo “um pouco inferiores”.
Alta na base de alunos
O principal agente, segundo a companhia, para a alta em sua receita líquida é o crescimento na sua base de alunos no primeiro trimestre de 2022. Essa quantia foi, nos primeiros três meses do ano, de 332.809 estudantes.
Isso representa uma alta de 145,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o número de alunos era de 135.613.
Segundo Tavares, o aumento no ticket médio ex-EAD, subindo de R$ 960 para R$ 1.074, pressiona os volumes, mas que o impacto seria momentâneo.
O ensino digital também contou com um crescimento em sua base de alunos. Essa quantia, por sua vez, foi de 11.203 estudantes, mostrando uma alta de 51,4% na comparação anual (77.421).
Após divulgar seu balanço de desempenho para o primeiro trimestre de 2022, as ações da companhia apresentaram uma valorização nesta segunda-feira (16).
Dessa maneira, às 15:36 horas (Horário de Brasília), seus ativos somaram uma alta de 3,90%, atingindo os R$ 5,59. Se um período de 6 meses for analisado, seus títulos apresentam uma queda de 21,24%.
No entanto, se o comparativo anual (mesma métrica utilizada em seu balanço trimestral) for observado, suas ações caíram em 52,90%.