Bradesco BBI reduz preço-alvo das ações da Itaúsa (ITSA4)
A redução foi, ao final de 2022, de 19%
Após atualizar suas projeções para empresas investidas e incorporar números da XP Investimentos, o Bradesco BBI decidiu reduzir o preço-alvo das ações da holding Itaúsa (ITSA4).
A medida foi adotada logo após seu balanço trimestral, que foi divulgado pela companhia na última segunda-feira (16).
Redução do Bradesco
Após considerar os números da XP Investimentos, o Bradesco BBI chegou a reduzir o preço-alvo das ações da holding controladora do Itaú (ITUB4), a Dexco (DXCO3) e a Alpargatas (ALPA4) em 19% ao final de 2022.
Dessa forma, a quantia de referência para seus ativos passou a ser de R$ 13,00 até o final do ano. A medida, adotada logo após a divulgação do balanço trimestral da Itaúsa, leva em consideração os preços-alvo das companhias até o final do ano em que a holding possui influência.
As quantias em questão são de R$ 32 para o Itaú, R$ 16 da Dexco, R$ 45 da Alpargatas e de US$ 29 da XP Investimentos.
Ainda é dito que a holding foi responsável pela venda de 2,14% do capital da XP, resultando em um aumento de R$ 1,8 bilhão em seu caixa. Apesar de negociar 12 milhões de ações classe A, a holding ainda possui 11,51% da XP Investimentos.
Sua participação na XP, portanto, seria de 64.470.985 ações ordinárias Classe A, segundo fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Apesar da venda, os termos e condições aos seus acionistas permanecem sem alterações.
As ações da Itaúsa, após a divulgação do desconto em seu preço-alvo, apresentaram nesta quarta-feira (18) uma queda. Dessa maneira, seus títulos somaram às 14:30 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 1,07%, atingindo os R$ 9,22.
Na comparação semestral, essa queda foi de 9,25%. Se o período de um ano for levado em consideração, essa taxa foi de -8,80%.
Segundo os analistas do Bradesco BBI, eles ainda aumentaram o valor de desconto justo de 15% para 20%, em linha com a “média histórica”. Eles disseram, ainda, que “como resultado, atingimos um valor de soma das partes de R$ 141 bilhões, o que implica o valor econômico da Itaúsa em R$ 113 bilhões”.
Além dos preços-alvo das empresas investidas, o relatório trimestral da Itaúsa também foi levado em consideração para o Bradesco BBI.
Primeiro trimestre da holding
Segundo seu relatório de desempenho para os primeiros três meses de 2022, a companhia apresentou o melhor trimestre em toda a sua história, atingindo uma alta de 68,5% em seu lucro líquido não recorrente de R$ 3,179 bilhões para o período em relação ao 1T21.
O lucro recorrente, por sua vez, apresentou um crescimento de 59,1% na comparação anual, apresentando uma quantia de R$ 3,836 bilhões.
Segundo o comunicado divulgado pela holding nesta segunda-feira (16), “A Itaúsa reportou sólido desempenho, representando recorde histórico para um primeiro trimestre da holding, apesar do cenário ligeiramente mais desafiador nos segmentos de bens de consumo e materiais para construção civil, com destaque para a alienação de participação acionária na XP Inc. e o melhor resultado do setor financeiro”.
As companhias em que a Itaúsa possui participação também foram citadas em seu balanço. Dessa maneira, o Itaú Unibanco foi a única companhia a demonstrar um aumento em seu Resultado Recorrente.
A quantia apresentada pela companhia para o primeiro trimestre foi de R$ 2,659 bilhões, alta de 10% na comparação anual (R$ 2,419 bilhões).
A Alpargatas, por sua vez, somou R$ 24 milhões nos primeiros três meses de 2022. Quantia 44% menor ante o mesmo período do ano passado (R$ 43 milhões).
Dessa maneira, a Dexco também registrou uma queda em seu Resultado Recorrente. Essa taxa foi, no primeiro trimestre, de R$ 74 milhões, caindo em 9% em relação aos R$ 81 milhões do 1T21.