Nobel de Economia: Conheça a importância desse prêmio – ESTOA

Nobel de Economia: Conheça a importância desse prêmio

Um dos mais importantes reconhecimentos, dados a economistas revolucionários


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Um Prêmio Nobel é, muitas vezes, considerado uma das maiores condecorações que um profissional pode receber.

Por estar inteiramente ligado às inovações que uma ideia e/ou projeto podem oferecer à sociedade mundial, ele é dado a especialistas que mudaram o mundo.

Como surgiram os Prêmios Nobel?

A pessoa que deu origem à essa condecoração foi o químico Alfred Nobel. Ele nasceu no ano de 1833, na Suécia, e desde sempre já estava inserido nesse contexto.

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Seu pai, Immanuel Nobel possuía uma fábrica de explosivos, e foi lá que seu filho entrou em contato com as substâncias que o fariam seguir a carreira da química.

Foi nesse laboratório que, mais tarde, ele acabaria por desenvolver a dinamite. Esse era um tipo de explosivo muito forte e de fácil manuseio, que foi patenteado por Nobel algum tempo depois.

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Ilustração da dinamite criada por Alfred Nobel/Fonte: Vad Vi Vet

Por conta dessa e outras inúmeras invenções, ele fez fortuna e logo ficou conhecido em sua cidade.

Nobel assinou seu testamento um ano antes de sua morte, em 1895. Nele, o químico havia dedicado uma esmagadora quantia de sua fortuna para o financiamento de uma instituição que premiasse todas as pessoas que fossem capazes de desenvolver uma ação e/ou projeto que ajudaria a sociedade.

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Assim nasceu a Fundação Nobel, que seria responsável pela administração do Prêmio Nobel.

De acordo com alguns relatos, um evento fez com que sua visão de como ele seria visto pelo mundo depois de sua morte fez com que o inventor pensasse suas atitudes.

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O ocorrido foi um dos seus sete irmãos havia falecido no ano de 1888. Um jornal, no entanto, o confundiu com Alfred, noticiando que ‘’o criador da forma mais rápida de matar havia falecido’’.

Então, isso fez o inventor da dinamite refletir sobre como seu nome seria lembrado após a sua morte.

De qualquer forma, em 1900 a fundação foi criada, enquanto sua primeira edição de premiação só foi ocorrer em 1901.

Nobel de economia

Inicialmente, as únicas áreas em que o Instituto Nobel premiou em seus primeiros anos de vida eram apenas química, medicina/psicologia, física, literatura e paz.

Isso foi mudar apenas em 1968, 67 anos depois de que os prêmios começaram a ser distribuídos.

Neste ano, o Sverige Riksbank (Banco Central da Suécia) decidiu criar a sua própria condecoração, que era distribuída pela Instituição Nobel, porém em outra semana e o indivíduo a recebê-lo seria escolhido pelo próprio banco.

Sede do Sveriges Riksbank/Fonte: LeapRate

Esse prêmio se chamava ‘’Prêmio Sverige Riksbank de Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel’’. Até os dias de hoje esse é a única exceção às categorias originais.

Os ganhadores dessa categoria de prêmio são, geralmente, economistas que possibilitaram melhorias para a sociedade por meio de seus modelos, teorias e estudos publicados.

Os primeiros ganhadores do prêmio Nobel de Economia foram Ragnar Frisch e Jan Tinbergen, no ano de 1969.

Frisch criou, nessa época, um modelo que possibilitaria a análise cíclica de flutuações na economia. Ele já era conhecido como sendo um dos maiores economistas da história, fazendo com que o prêmio apenas alavancasse sua carreira.

Tinbergen, por sua vez, foi extremamente influenciado pelos estudos realizados por Ragnar, o que o inspirou a criar um modelo de macroeconomia a nível nacional.

Esses estudos foram o suficiente para garantir um Nobel aos dois, os eternizando como primeiros ganhadores na modalidade da economia.


No entanto, apenas duas mulheres chegaram a garantir o título. A primeira delas foi Elinor Ostrom.

Ela nasceu no ano de 1933 e, apesar de se formar em ciências políticas, foi premiada no ano de 2009, juntamente com o economista Oliver Williamson.

Suas pesquisas na área da economia provaram que os interesses individuais de alguns conjuntos podem ser mais saudáveis à economia do que a intervenção estatal.

Ela morreu no ano de 2012, ficando conhecida como a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel.

A segunda mulher a conquistar esse título foi Esther Duflo, sendo premiada no ano de 2019. Ela foi a mulher mais jovem a obter um Prêmio Nobel.

Fotografia de Esther Duflo/Fonte: El País

Esther já possuía um histórico de premiações, mas o que lhe garantiu o Prêmio Nobel tão cedo foram, sem dúvidas, seus estudos realizados principalmente na Índia.

Uma das razões que explicam a falta de mulheres nesse meio é a falta de incentivo à ciência e a desigualdade de gênero, que afeta o mundo de uma forma geral.

Brasileiros que ganharam o Prêmio

O Brasil possui uma série de pessoas indicadas para receber a condecoração. Entretanto, nenhuma delas chegou, efetivamente, a ser premiada.

Existem várias questões que podem explicar a falta de brasileiros nesse meio, mas a mais expressiva é a falta de incentivo a pesquisas e a ciência, e o déficit na área da educação.

Dessa forma, enquanto não forem feitos investimentos e flexibilizações nessa áreas, a presença de brasileiros em condecorações como essa serão nulas.

No entanto, existe apenas um pesquisador ligado, de certa forma, ao Brasil que chegou a ganhar um Prêmio Nobel.

Seu nome era Peter Brian Medawar. Ele nasceu no Rio de Janeiro, e seus pais eram estrangeiros.

Fotografia de Peter Brian Medawar/Fonte: Wikiquote

Ele permaneceu no Brasil até a sua adolescência, quando foi para a Inglaterra para estudar. Lá, ele se formou em biologia, e posteriormente foi premiado com o Nobel de Medicina, em 1960.

Seus estudos acerca do sistema imunológico dos animais lhe rendeu a condecoração, sendo o primeiro envolvimento, mesmo que parcial, do Brasil com a premiação.

Dessa forma, os incentivos à educação e às pesquisas científicas são essenciais para o desenvolvimento de um país, evidenciando assim os déficits que o Brasil e outros países possuem nas áreas.