Lei da Informática: entenda esse conjunto de regulações – ESTOA

Lei da Informática: entenda esse conjunto de regulações

A série de medidas tomadas para incentivar empresas de tecnologia


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Incentivar os diferentes mercados de um país é um passo importante que todo governo deve dar. Esses estímulos beneficiam diversas partes da sociedade, sendo extremamente vantajosos para um país. Dessa forma nasceu a lei da informática, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de empresas relacionadas à tecnologia no Brasil.

Esse tipo de regulamentação possui efeitos na ciência, educação, na área de pesquisas e, consequentemente, na economia como um geral.

Como a lei da informática funciona?

Por se tratar de uma série de medidas governamentais, a lei da informática nasceu do Estado. 

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Ela prevê o incentivo às empresas, sobretudo relacionadas à hardware e telecomunicações, que nasceram em solo brasileiro, por meio da redução parcial nas taxas sob esse tipo de produto e da valorização do mercado nacional.

O alívio de tributação fiscal também faz parte do conjunto de incentivos. Dessa forma, o objetivo do Governo era fazer com que o mercado nacional se expandisse.

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Essa lei prevê uma série de medidas que, em conjunto, fazem com que as tarifas internas para esse tipo de produção sejam flexibilizadas.

Apesar de ser criada e implementada na década de 90, esse tipo de regulamentação sofreu alterações, a mais recente delas sendo no ano de 2019.

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O principal benefício deste regulamento era a desoneração do imposto chamado IPI na compra de produtos nacionais. Este é o Imposto sobre Produção Interna, que é aplicado pela Receita Federal e prevê taxar os produtos que são produzidos no Brasil.

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Nessa época, antes da legislação, a taxa imposta por essa tributação era de 15% sob qualquer produto. Quando a lei foi sancionada, essa quantia passou a ser de 3%.

Ele também teria interferência na quantidade de alíquotas de IPI presentes na venda de mercadorias. Dessa forma, era previsto a isenção dessa tarifa.

Essas medidas foram idealizadas para reduzir a pressão tributária em cima das empresas nacionais, o que faria com que sua qualidade de vida melhorasse e os hardwares e componentes eletrônicos produzidos em solo brasileiro fossem comercializados com uma maior facilidade e um preço menor.

Componentes eletrônicos/Fonte: CMA Componentes eletrônicos

No entanto, segundo alguns especialistas, as medidas não foram suficientes para fazer com que o mercado brasileiro tecnológico crescesse.

Eles defendem que essa série de medidas fez com que o mercado de tecnologia nacional se fechasse ainda mais, dificultando a vida dos produtores de hardware e peças eletrônicas.

De qualquer forma, ainda houve uma série de mudanças nessa legislação ao longo dos anos.

Alterações na lei

Com o passar do tempo, houveram decretos que visavam reajustar os benefícios e atualizar as medidas previstas na Lei da Informática.

Eles tinham o objetivo de atualizar a lei, para que o incentivo fiscal ao mercado de componentes eletrônicos se adaptasse às mudanças econômicas do país.

Dentre as alterações, a mais recente e maior delas foi a feita em 2019.

Nesse ano, foi instaurada a Lei 13.969/2019, que ficou conhecida como Nova Lei da Informática. Ela só foi entrar em vigor no ano seguinte, em abril de 2020.


A principal mudança proposta por essa legislação é a alteração da forma em que se dá o incentivo fiscal.

Até então, a única forma de aliviar a pressão dos impostos sobre as companhias era diminuir o IPI. No entanto, essa lei fez com que o crédito financeiro tomasse o seu lugar, funcionando como principal forma de benefício da legislação.

Isso fez com que o Governo facilitasse, então, os investimentos que poderiam ser feitos às companhias.

Essa medida substituiu a exoneração de impostos pelo incentivo aos investidores, e  também alterou os requisitos para que uma companhia possa se utilizar da legislação.

Quais os requisitos para se beneficiar da lei?

Existem algumas exigências que devem ser atendidas para utilizar a Lei da Informática. Elas são estabelecidas pela NCM, a Nomenclatura Comum do Mercosul, que busca atribuir uma numeração a cada tipo de mercadoria.

Funcionamento da numeração do NCM/Fonte: ScriptCode

Esse é um programa destinado à categorização de produtos dentro dos países do Mercosul, e, por consequência, determina os produtos que podem ser incluídos nessa lei.

Eles descrevem as mercadorias relacionadas à indústria tecnológica como um todo, como antenas, injeção eletrônica, robôs industriais, hardware, componentes eletrônicos e etc.

Além disso, é preciso que a empresa siga algumas condutas para que ela seja elegível à lei. Esse conjunto de medidas é descrito pelo Pleito do Processo Produtivo Básico (PPB).

Uma das exigências que também é levada em consideração é o investimento de seus lucros no setor de desenvolvimento da tecnologia.

Considerando apenas a quantia beneficiada pela legislação, a empresa deve investir no mínimo 5% de seu lucro nas áreas de pesquisa e desenvolvimento do setor tecnológico.

Dessa forma, é assegurado que parte das suas bonificações também vão servir para fomentar o aprimoramento dessa área.

Apesar de simbolizar um grande incentivo ao mercado nacional, ainda é defendido que suas medidas ainda não são suficientes para garantir uma boa relação do mercado interno, e que isso acaba apenas limitando o comércio ao próprio Brasil.

De qualquer maneira, essa lei continua ativa e sendo exercida em diferentes companhias.