EMBI: Saiba como funciona o índice – ESTOA

EMBI: Saiba como funciona o índice

O indicador que visa medir o grau de risco do mercado de títulos emitidos por um país


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Ter ciência do nível de risco atrelado a determinados tipos de investimentos é um fator essencial para os acionistas. Essa necessidade gerou a criação do EMBI.

Dessa forma, além de ser um importante indicador para a decisão final de um comprador, ele também engloba índices de diferentes países.

Como o EMBI funciona?

Essa é a sigla para Emerging Market Bond Index, um índice criado pela JP Morgan que serve para analisar os riscos de títulos emitidos em mercados de países emergentes.

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Esse indicador é conhecido como um Benchmark, e foi criado no ano de 1992. A lista inicial englobava cerca de 11 países emergentes. Porém, dois anos depois, em 1994, a quantia subiu para 19, mudando a sigla do projeto para EMBI+.

Dentre os participantes originais estão o Brasil, Peru, México, Equador, Nigéria, Venezuela, Rússia, Polônia, Argentina, Panamá e Bulgária.

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Posteriormente, em 1994, foram incluídos a África do Sul, Colômbia, Egito, Filipinas, Malásia, Marrocos, Turquia e Ucrânia.

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Dessa forma, esse indicador visa avaliar o compromisso que uma nação possui de cumprir com o pagamento futuro de seus títulos.

Dentre os diferentes fatores levados em consideração, estão o Emerging Markets Bond Index Global, Emerging Markets Bond Global Diversified Index e o Emerging Markets Bond Index Plus, conhecido como EMBI+.

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Porém, a avaliação do risco-país depende, diretamente, do EMBI+. Dessa maneira, ele vai levantar um banco com aproximadamente 100 títulos de um país emergente que foi selecionado pelo programa.

Depois, ele vai considerar a relação entre os riscos e o lucro gerado pelo título, e comparar o perigo deles com o dos títulos do país mais bem avaliado, ou seja, com menores riscos de não cumprir com seu compromisso financeiro: os EUA.

Aí, dada a semelhança entre os títulos, é comparada a taxa de juros dos dois, e assim o nível de periculosidade é estabelecido.

Comparação entre o EMBI e o Risco Brasil/Fonte: Research Gate

Esse índice visa medir o risco nacional dos títulos emitidos pelo Governo. No Brasil, por exemplo, ele é conhecido como EMBI+ Br.

Os números desse índice são dados em forma de pontos, que representam a porcentagem da chance que um país tem de dar “calote”.

A conta é simples: para cada 10 pontos, é representada uma taxa de 0,1%. Dessa forma, 500 pontos equivalem a 5% dessa chance.

Ela visa medir o risco de crédito de um país emergente, denominando assim seu nível de segurança para os investidores.

O que é um país emergente?

Depois de entender como o EMBI funciona, é importante levar em consideração os fatores que determinam se uma nação é emergente ou não.

Esse estado está diretamente ligado ao IDH daquele país. Isso quer dizer que uma nação emergente deve mostrar um Índice de Desenvolvimento Humano moderado.

Dessa forma, ele precisa apresentar um quadro de crescimento econômico através do dinamismo e do quadro de comércio exterior, e um progresso na qualidade de vida. Os três pilares levados em consideração por esse índice são a saúde, educação e economia.


“País emergente” diz respeito a um país subdesenvolvido que apresenta boas expectativas de crescimento, e foi introduzido pelo Banco Central na década de 80. Posteriormente, o termo “País Emergente” se tornou um jargão na área econômica.

Então, o EMBI reunirá países que estão em um processo de desenvolvimento, mas que também possuam uma chance moderada de não arcar com os compromissos estabelecidos pelos seus títulos.

EMBI+ Br

O Brasil é um membro original desta lista, o que significa que desde sua criação, em 1992, o EMBI identifica o Brasil como um país que oferece determinado risco no pagamento de seus títulos.

Desde que o risco Brasil começou a ser medido, os números acerca de sua situação mudaram extremamente. A primeira classificação brasileira foi de 1.120 pontos, e foi feita no dia 29 de abril de 1994. Isso representava uma chance de 11,2% de que o país não cumprisse com seu compromisso.

A maior taxa registrada, no entanto, foi no dia 27 de Outubro de 2002. Nessa época, a pontuação brasileira era de 2.443, o que indicava uma chance de incríveis 24,3%.

Ilustração Taxa subindo/Fonte: Parthenon Assessoria Contábil

A medição mais recente, feita no dia 13 de março de 2022, relatou 301 pontos, o que configura uma chance de 3,01%.

Isso mostra que, aos poucos, o Brasil vem se recuperando nesse sentido.

O país que oferece um risco maior aos seus acionistas é, de longe, a Venezuela. No dia 24 de Setembro, foi atribuída uma pontuação de 31.143. Isso equivale a uma chance de 311,43% de que o país não cumpra com seus compromissos.

Dessa forma, a EMBI está diretamente ligada à taxa de crescimento de um país, indicando o quão segura é a emissão de títulos de um país. À medida em que uma nação vai crescendo, a segurança de seus títulos cresce, assim como sua economia em um geral.