Desmonetização: entenda esse termo na economia

A evolução tecnológica de uma nação é um fator que faz com que a maioria dos processos físicos e materiais de um país se tornem digitais. Por conta desse processo, o capital teve que se adaptar a diferentes formas e valores para continuar em circulação, gerando a desmonetização.

A desmonetização é uma consequência desse desenvolvimento, o que acaba aumentando a importância dos meios digitais na vida das pessoas.

Como ocorre a desmonetização?

A desmonetização, na economia, se refere a diminuição da circulação do dinheiro físico em uma sociedade.

Dentre os diversos fatores que podem gerar esse fenômeno, o maior deles é, sem dúvida, a digitalização da moeda de troca.

Isso faz com que a necessidade de dinheiro, enquanto espécie, seja diminuída, aumentando assim a utilização de meios eletrônicos e digitais para realizar as transações.

Dessa forma, processos como a alta taxa de investimentos em títulos de longo prazo, preferência pela utilização de cartões, especialmente de crédito, e de carteiras digitais são fatores que podem contribuir para a baixa do dinheiro físico em movimentação.

Fatores que podem ser ligados à desmonetização em um país ainda podem ser a utilização de criptomoedas, como bitcoins e a alta taxa de investimentos, sobretudo os de longo prazo.

As consequências causadas por esse fenômeno, porém, são diversas, podendo ser tanto positivas quanto negativas.

Consequências geradas pela desmonetização

Alguns dos efeitos causados por esse processo podem ser facilmente identificados na economia.

Os pontos positivos estão ligados diretamente à qualidade de vida que os meios digitais podem proporcionar ao âmbito econômico.

Dessa forma, é possível notar uma queda na criminalidade envolvendo o dinheiro.

A lavagem de dinheiro e a movimentação no chamado Mercado Negro são considerados crimes, que ocorrem diretamente por conta da natureza física da moeda de troca.

Dessa forma, a movimentação indevida ou imprópria do dinheiro seria dificultada.

Outro ponto para ser levado em consideração é a qualidade de vida que a digitalização da moeda proporciona ao  país em questão.

Isso faz com que o acesso ao capital seja facilitado, fazendo com que serviços relacionados a bancos e instituições financeiras e pagamentos sejam muito mais convenientes.

Além disso, outra questão favorável à desmonetização é a redução dos custos em cima do dinheiro em espécie. Aqui é possível citar desde custos de produção da moeda até os gastos envolvidos para mantê-la em circulação, que envolvem a Casa da Moeda e o Banco Central.

De qualquer maneira, a desmonetização ainda é um fenômeno para ser analisado de forma cautelosa. Isso, pois ele também oferece pontos negativos em contrapartida.

Uma das principais questões desfavoráveis a esse tipo de evento é o aumento de crimes cibernéticos envolvendo esse tipo de economia.

Dessa forma, conforme o capital vai tomando formas digitais, a atenção de golpistas e pessoas de má índole também se voltam para esse tipo de meio, fazendo com que a incidência de crimes digitais aumente significativamente.

Outro ponto negativo é o nível de confiança que os usuários têm de ter nas companhias responsáveis por administrar as contas e carteiras digitais, onde esse capital será armazenado.

Essas companhias armazenam uma grande quantidade de informações de seus usuários, e podem sofrer com violações de segurança em seu banco de dados.

Ainda é possível destacar que a digitalização da moeda a torna, também, de difícil acesso para pessoas que não têm oportunidade ou condições para se adaptar às novas tecnologias.

Isso pode gerar um efeito de elitização do dinheiro, fazendo com que as pessoas que dispõem de menos condições tenham um acesso dificultado à moeda.

Futuro do dinheiro

O processo de desmonetização deixa clara a capacidade de adaptação que o dinheiro enquanto moeda de troca possui.

Após passar por diversas mudanças, ele ainda se manteve de pé, pois o sistema econômico global depende inteiramente desse tipo de moeda.

Isso faz com que diferentes formas digitais e físicas de administrar o capital surjam, tornando o futuro do dinheiro incerto.

É claro que as evoluções digitais trarão novos mecanismos capazes de lidar com a moeda, mas seus pontos negativos devem continuar sendo levados em consideração, para que haja uma ponderação sobre os malefícios que esse fenômeno pode trazer.