Azul: CRGI aumenta participação em ações da companhia; chegando a 10% – ESTOA

Azul: CRGI aumenta participação em ações da companhia; chegando a 10%

Capital Group já tinha mais de 9% de ações da companhia aérea


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A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) anunciou nesta segunda-feira, (23), que o fundo internacional Capital Research Global Investors (CRGI), aumentou a sua posição com relação às ações da companhia aérea.

A norte-americana CRGI pertence ao Capital Group, uma das maiores empresas de serviços financeiros do mundo e que foi fundada em 1931. O grupo já tem tradição com investimentos no Brasil.

Atualmente com mais de US$ 1,7 trilhão de patrimônio, a gestora tem posições significativas no mercado brasileiro, além da participação nas ações da Azul. O Capital Group possui mais de 7% de ações da Vale.

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Capital Group de olho em balanço

Antes de aumentar a sua participação em ações da companhia aérea, a CRGI já possuía mais de 33 milhões de ações preferenciais e ADRs, o equivalente a 9,903% do total da Azul. 

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No entanto, segundo o comunicado divulgado pela Azul na manhã desta segunda-feira, a empresa pertencente ao Capital Group adquiriu cerca de 600 mil ações da companhia de tráfego aéreo. 

Com isso, a CRGI administrará a partir de agora, entre PNs e ADRs, mais de 33,6 milhões de ações da Azul. Além deste montante, a Capital International Investors, uma espécie de divisão de investimento da gestora norte-americana, possui 433.305 ações PN da companhia.

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O movimento feito pelo grupo ocorreu exatamente duas semanas depois da Azul divulgar o seu balanço trimestral do primeiro trimestre, além das suas projeções para este e para o próximo ano.

Azul: CRGI aumenta participação em ações da companhia; chegando a 10%
Destaques do balanço da Azul no 1T22 /Foto: Release – Azul Linhas Aéreas Brasileiras

Durante os primeiros meses de 2022, a companhia aérea conseguiu reverter um prejuízo de R$ 2,65 bilhões atingido no mesmo período de 2021, em meio a crise sanitária que afetou o mundo inteiro e impossibilitou que a empresa ofertasse os seus serviços.

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Ainda que a Azul tenha registrado no período, um prejuízo ajustado de R$ 808 milhões, a companhia conseguiu diminuir os números com relação ao que foi apresentado no começo do ano passado. Prejuízo de R$ 1 bilhão.

Um dos fatores que tendem a dar motivos para a CRGI pensar em aumentar a sua porcentagem na companhia é o crescimento das receitas acumuladas pela Azul neste primeiro trimestre.

Com uma tendência cada vez maior de “vida normal”, as companhias começam a registrar números mais convincentes, com aumentos na ocupação de voos, no número de passageiros e na retomada do serviço de bordo. Durante os três primeiros meses de 2022 a Azul teve uma receita de R$ 3,1 bilhões, um aumento de 75%.

Projeções da Azul

A Azul traçou quatro objetivos principais na sua projeção para 2022 e 2023. A companhia aérea espera que neste ano obtenha um aumento na capacidade de cerca de 10% com relação aos números de 2019.

Azul tem como meta para esse ano aumentar a sua capacidade em 10% /Foto: Revista Azul

A empresa já vem tendo indicativos de que é possível crescer os seus números nos próximos trimestres. Um destes sinais diz respeito à quantidade de passageiros transportados. Em 2021 a Azul levou cerca de 1,6 milhão de pessoas entre janeiro e março, já neste ano o número aumentou para 2,8 milhões.

Além disso, a Azul espera aumentar o RASK (Receita operacional por assentos-quilômetro oferecidos) em cerca de 20% do que foi apresentado um ano antes da pandemia. Foi projetado também um aumento com relação ao Ebitda, chegando a R$ 4 bilhões em 2022, o que seria um recorde para a companhia, e R$ 5,5 bi em 2023.

Por último foi estabelecido pela empresa a meta de terminar o ano com uma alavancagem começando com 5 vezes, incluindo caixa e equivalentes de caixa, investimentos de curto prazo e contas a receber, posteriormente é esperado que ocorra uma redução da alavancagem organicamente.


Ativos da CRGI

Além da sua participação de 10% nas ações da Azul Linhas Aéreas e de 7% na Vale, a CRGI tem outros ativos espalhados pelo Brasil, e alguns deles sob a administração do seu braço de investimentos, a Capital International Investors. A empresa que possui cerca de 0,12% na própria Azul.

Uma das empresas que a companhia possui posição relevante é na Lojas Americanas. O fundo de investimentos possui pouco mais de 5% de participação. Além da varejista, a Capital International Investors possui 9,2% de uma das maiores administradoras de shopping centers, a BRMalls.