Estocástico: Entenda esse método de análise de gráficos

Dentre os diversos mecanismos presentes na análise gráfica para a sua interpretação, está uma das ferramentas mais conhecidas, o cálculo estocástico.

Esse indicador foi idealizado por um dos maiores economistas da história, fazendo com que sua influência continue na área econômica.

Quem criou o cálculo estocástico?

Apesar de ter uma origem nebulosa, os economistas responsáveis por popularizar esse método foram George C. Lane e Ralph Dystant. Eles nasceram, respectivamente, nos anos de 1921 e 1902. 

Apesar de participar do desenvolvimento do estocástico, pouco se sabe sobre a vida de Ralph Dystant. De qualquer forma, Lane ficou conhecido por participar de um grupo de investidores em Chicago.

Por conta de suas capacidades enquanto economista e por integrar o tal grupo, Lane trilhou um brilhante caminho no mercado financeiro.

Já Dystant ficou conhecido por criar uma escola de economia em Chicago. Ela tinha o nome de “Investiment Educators”, e foi inaugurada no ano de 1948.

No começo, ela disponibilizava cursos sobre o mercado de ações. Porém, foi na década de 50 em que ela começou a lecionar sobre as commodities.

Foi aí que os caminhos dos economistas se cruzaram. Nessa instituição, George começou seus estudos na área de finanças.

Em suas palavras, Lane afirmou que essa era a “Primeira instituição a lecionar um curso aprofundado sobre os conceitos de Elliot Wave”. 

Isso aconteceu porque Dystant era um grande interessado nos princípios deste autor.

Dessa maneira, é dito que o cálculo estocástico foi introduzido através das aulas lecionadas pelos diferentes professores da instituição, fazendo com que a origem do cálculo seja dividida entre diversos economistas.

Como o estocástico funciona?

O cálculo estocástico tem como objetivo medir a tendência de variação de um ativo. Desta maneira, ele vai indicar se há uma orientação para a alta ou baixa de uma determinada ação.

Essa ferramenta busca comparar o preço de fechamento com a máxima e mínima dessa ação. Desta forma, ele analisa a probabilidade de mudança dos valores.

Esse recurso utiliza duas métricas, que são independentes. Cada uma tem sua própria metodologia. Elas são a %K e %D.

A primeira curva pode ser obtida ao dividir a diferença entre o preço do fechamento atual e o preço mínimo do período pela diferença entre o maior e menor preço.

Já a segunda pode ser calculada ao obter a média móvel simples da curva %K em um período de três dias.

Além dos cálculos, ainda é importante considerar os três tipos de osciladores estocásticos. Eles são o rápido, lento, e completo.

O oscilador rápido é a versão idealizada por Lane, e é caracterizada por um %K oscilatório, pois ele se baseia nas duas curvas aplicadas sobre um determinado gráfico.

O lento, por sua vez, simboliza a suavização do %K pelo %D. Então, nesse tipo de oscilador, o %D é o mais rápido, o que faz com que ele analise melhor as movimentações presentes no mercado.

O completo é o mais utilizado no mercado de investimentos. Nele, existe a opção de configuração, fazendo com que o acionista defina o set que preferir.

Como interpretar os indicadores

Após calcular as curvas, é importante identificar e analisar as informações que este medidor indica.

Após estabelecer tanto o %K, quanto o %D, é hora de considerar duas relações entre eles.

O primeiro acontecimento a se analisar é se as linhas se cruzam. Dessa forma, se o %K cruzar o %D por cima, este é um indicador de compra.

Se esse cruzamento acontecer por baixo, este é um sinal de venda.

No entanto, também é importante analisar a relação do %K com o nível de 50 pontos. Se o cruzamento for acima desse nível, pode ser identificada uma oportunidade de compra.

Já se ele ocorrer abaixo desta medida, é indicado um sinal de venda.

A análise técnica de gráfico se faz muito importante para os acionistas que visam lucrar com seus investimentos, seja na Bolsa de Valores ou em outro ambiente. Desta forma, conhecer este e outros tipos de ferramentas é fundamental.