Correção monetária: Entenda como é feito o cálculo – ESTOA

Correção monetária: Entenda como é feito o cálculo

Essa é a variação nos preços de uma determinada moeda


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Quando uma determinada moeda é estabelecida, existem vários fatores que podem influenciar na sua precificação. Dessa forma, seja através das taxas de inflação, juros e variações de outras moedas, seu valor é reajustado. É dessa maneira que a correção monetária se dá.

Como surgiu a correção monetária?

Esse tipo de reajuste está presente no Brasil há algum tempo. Ele nasceu no ano de 1964, quando o primeiro indexador começou a ser utilizado.

Ela era a Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional, também conhecida como ORTN. Esse índice foi criado como uma resposta à taxa de inflação, que seguia afogando o país.

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Ele previa compensar as pessoas pelo valor dissolvido pelas taxas inflacionárias e, dessa forma, atrair investidores.

Com o passar dos anos, a situação econômica brasileira foi mudando a forma com a qual ela lidava com seus títulos.

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No ano de 1980, o Brasil passou por um período de hiperinflação. Nessa época, as taxas inflacionárias estavam descontroladas, o que fazia com que o poder de compra dos cidadãos caísse de forma constante.

Precificação de um produto na época da hiperinflação/Fonte: Reprodução

No entanto, foi aplicado no país o chamado Plano real que, em conjunto com a implementação da nova moeda, trouxe outros indexadores.

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Este é o caso das taxas Selic e IPCA, que continuam em vigor, desempenhando seu papel até hoje.

Como ela é feita?

O reajuste das quantias é feito em detrimento do poder de compra. Isso quer dizer que ela é uma compensação da desvalorização da moeda.

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Se um indivíduo gasta R$ 1.000,00 mensais com determinados produtos, e a taxa de inflação aumentar em 10% no ano seguinte, ele precisará de R$ 1.100,00 para comprar a mesma quantia de mercadoria.

Dessa forma, o reajuste vem para compensar essa janela que se abriu, funcionando como uma garantia do poder de compra deteriorado pelos índices de inflação.

Os índices utilizados para realizar a atualização monetária são, geralmente, os mesmos que apontam a queda no poder de compra.

Um dos mais famosos a ser levado em consideração é o IPCA, conhecido como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Esse índice é medido pelo IBGE, e é o principal medidor de inflação do país.

Ilustração do poder de compra diminuindo/Fonte: Reprodução

Ele possui uma relação direta com a taxa inflacionária. Dessa maneira, quando o IPCA sobe em 15%, o poder de compra cai em uma quantidade idêntica.

Outro indicador utilizado na atualização monetária é o CDI. Este é o Certificado de Depósito Interbancário, e é gerado com base nos empréstimos que as instituições bancárias fazem entre si para garantir que terminem o dia no lucro.

A taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) também é levada em consideração na atualização monetária.

Esse é o índice básico de juros da economia, e sua quantia é divulgada a cada 45 dias após a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM).

É nesse sistema que os títulos do Tesouro Nacional são negociados pelas instituições bancárias.

No entanto, essa é a definição da taxa Selic Meta. A Selic Over, por sua vez, é obtida ao calcular uma média ponderada das operações feitas com base na Selic Meta, além de ser calculada diariamente.

Dessa forma, a correção monetária prevê a manutenção do poder de compra através da regulação dos preços com base nas taxas citadas.

O Banco Central do Brasil disponibiliza, ainda, uma ferramenta para fazer a correção monetária de forma automática.

Diferença entre juros e correção monetária

Apesar de se relacionarem de formas diferentes com os preços, muitas pessoas confundem o funcionamento desses dois “reguladores”.

Além de revisar quantias pré-estabelecidas, a taxa de juros é aplicada sobre os custos, funcionando como valores adicionais aos gastos iniciais.

A taxa de juros sobre um gasto pode se originar de diferentes maneiras. A mais comum, no entanto, é o descumprimento de despesas estabelecidas previamente.

Ilustração de taxa de juros/Fonte: Serasa Experian

Isso faz com que valores adicionais sejam cobrados, originando assim as taxas de juros.

Já a correção monetária atua diretamente no valor que alguém se dispõe, funcionando como um agente de manutenção do Real.

No entanto, é importante ressaltar que a correção monetária também funciona em cima do juros.

Dessa maneira, esse fator age nas dívidas presentes e na quantia de juros atrelados à elas.

Este conceito é fundamental para entender como é feita a variação em cima das quantias cobradas, além de evidenciar as flutuações no preço das moedas em circulação. Em especial, do Real.