Consumo de energia da Energisa (ENGI11) sobe em abril
Com uma alta de 1,2%, a companhia tem expectativas para um bom 2º trimestre
Em comunicado publicado nesta quarta-feira (25), o Grupo Energisa (ENGI11), apresentou alta no consumo de energia consolidado para o mês de abril.
A alta apresentada no mês em questão foi de 1,2%. O crescimento também foi identificado em cinco de suas distribuidoras de energia.
Alta no consumo da Energisa
O consumo de energia consolidado para o mês de abril foi de 3.132 GWh (Gigawatts-hora), mostrando uma alta e 1,2% na comparação anual. Segundo a companhia, por conta do menor calendário de faturamento e do clima mais ameno em algumas regiões do Brasil, essa quantia poderia ter sido maior.
Ainda foi possível identificar uma alta em 9 de suas 11 distribuidoras de energia. A região que apresentou a maior taxa de crescimento, no entanto, foi a Centro-Oeste, onde a Energisa conta com duas concessionárias.
Nessa área, a alta foi de 3,4% na comparação anual, atingindo os 1.316 GWh. A região Norte também apresentou altas, atingindo os 582,6 GWh negociados, 1,6% a mais na comparação anual, contando com três concessionárias.
No entanto, também foi possível notar quedas na quantia negociada pela companhia. Na região Nordeste, a baixa foi de 0,4%, negociando 696,5 GWh em três concessionárias. Por fim, na região Sudeste/Sul, os 536,4 GWh comercializados caíram em 2,2% ante o 1T21, em três distribuídoras.
A recuperação do setor de energia, sobretudo o da Energisa, é recorrente. O fim da crise hídrica e os processos de reabertura da economia podem ser atrelados a esse crescimento.
Durante os primeiros quatro meses de 2022, a companhia mostrou também uma elevação de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, somando os 12.521 GWh.
No entanto, o consumo de energia residencial da companhia apresentou quedas em abril deste ano. Somando 1.211,6 GWh no período, a quantia caiu em 4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O consumo rural, por sua vez, também caiu. Essa área apresentou um recuo de 6,7% em relação a abril de 2021 (286,5 GWh), atingindo os 267,4 GWh.
As três distribuidoras que apresentaram as maiores altas foram a Energisa Mato Grosso (EMT) com +8,6%, a Energisa Acre (EAC) com +5,3%, e a Energisa Rondônia (ERO) com +1,9%.
As três concessionárias que mais recuaram, por sua vez, são a Energisa Nova Friburgo (ENF) com -5,6%, a Energisa Mato Grosso do Sul (EMS) com -4% e a Energisa Sul-Sudeste (ESS) com -2,8%.
Após divulgar seu desempenho mensal, as ações da companhia fecharam o pregão desta quarta-feira (25) em alta. Dessa forma, ao final do dia, elas somaram uma alta de 0,09% atingindo os R$ 46,21.
CPI da Energisa
Antes de divulgar seu balanço mensal aos seus acionistas, a companhia havia passado por escândalos envolvendo seus medidores de energia. Ao ser postergada por conta da pandemia de Covid-19, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa foi reaberta neste ano.
Ao longo de suas discussões, a Comissão determinou a retirada de 200 relógios que constituíam o sistema medidor da Energisa. Na última segunda-feira (23), os medidores em questão foram lacrados e encaminhados à Escola Politécnica da USP, onde serão avaliados.
Segundo a instituição, o prazo da perícia técnica deve ter prazo de 20 a 30 dias. O motivo pela abertura da Comissão são as suspeitas de alterações nos padrões de energia dos relógios.
Segundo o deputado Felipe Orro (PSD), presidente da CPI, “Acredito que dentro de 20 ou 30 dias teremos o resultado dessa perícia. Assim como o Capitão Contar, eu também estarei em São Paulo acompanhando a entrega dos padrões”.
Ele disse, também, que “Não vemos problemas por parte da CPI da participação da Energisa na aferição dos relógios no laboratório da POLI”.