Toyota (TMCO34) corta plano de produção em função do lockdown asiático – ESTOA

Toyota (TMCO34) corta plano de produção em função do lockdown asiático

Os avanços da Covid-19 na China fizeram com que a companhia reduzisse sua taxa de fabricação novamente


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Nesta sexta-feira (27), a montadora de carros Toyota (TMCO34) anunciou novamente uma redução em seus planos de produção para o mês de junho.

A medida foi anunciada três dias depois da fabricante divulgar um menor bombeamento de carros para o próximo mês.

Plano de produção da Toyota

O principal fator que moveu a empresa a reduzir sua taxa de produtividade para o mês de Junho foi o avanço da Covid-19 na Ásia. O fato, combinado com o lockdown no país, promoveu uma escassez de recursos.

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Há três dias, a Toyota já havia divulgado que iria bombear cerca de 100 mil carros a menos no próximo mês. No dia de hoje, a montadora anunciou que o número cairia em mais 50 mil.

Antes das reduções, a fabricante havia projetado a produção de aproximadamente 800 mil automóveis. Devido aos lockdowns estabelecidos na China, a maior fabricante de carros japonesa se deparou com a escassez de semicondutores.

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Dessa maneira, as restrições causadas pelo avanço da Covid-19 no país asiático fez com que a Toyota produzisse 150 mil carros a menos em todo o mês de Junho. Essa redução  veio, ainda, um dia depois de dados mostrarem o enfraquecimento nas vendas de seus automóveis na China, Europa e Estados Unidos.

Fábrica da Toyota/Fonte: Reprodução

Segundo a companhia, ainda há a possibilidade da redução do seu plano de produção anual. A quantia projetada até março de 2023 era de, inicialmente, 9,7 milhões de carros.

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Por se tratar do maior mercado de automóveis do mundo, as implicações das medidas de restrição e o recente lockdown em Xangai têm efeitos tanto sobre a produção dos modelos quanto na demanda por eles.

Segundo a Toyota, a redução em seu plano de fabricação afeta, dentre outros, os modelos Corolla, RAV4, Prius e 4Runner.

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Na última terça-feira (24), além de divulgar a primeira redução em seu plano de produção, a Toyota também havia anunciado a suspensão da linha de produção doméstica adicional no Japão.

Esta, no entanto, deve ocorrer até o dia 3 de junho, atingindo 16 linhas de produção em 10 fábricas no país. A contínua escassez de chips e a piora no quadro de Covid-19 na China pressionaram as montadoras da companhia.

Após anunciar o segundo corte em sua linha de produção mensal, as ações da montadora de veículos japonesa apresentaram uma tímida queda nesta sexta-feira (27).


Dessa maneira, seus ativos somaram às 15:24 horas (Horário de Brasília) uma queda de 0,02% atingindo os R$ 786,05.

Se o período de seis meses for analisado, época em que os conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia e o avanço da Covid-19 na Ásia começaram, seus títulos indicaram uma queda de 21,44%. na comparação anual, a desvalorização foi de 9,56%.

A escassez de chips provocada pela pressão macroeconômica também atingiu outras indústrias, pressionando, inclusive, o mercado brasileiro.

Escassez de chips

Um dos principais mercados atingidos pela falta de chips produzidos, majoritariamente, em países asiáticos foi a indústria de eletroeletrônicos. Segundo a Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 78% das fábricas foram atingidas pela escassez de semicondutores no mês de março.

Chips semicondutores/Fonte: Olhar Digital

A crise global gerou um grande aumento na demanda pelos produtos, fator agravado pelos problemas logísticos apresentados pelos países asiáticos. Além disso, os conflitos envolvendo a Rússia e a Ucrânia fizeram com que a produção dos componentes necessários para a montagem dos chips fosse paralisada.

Segundo a Associação, em janeiro, 53% das empresas tinham boas expectativas para o decorrer do ano, acreditando que a situação seria normalizada até dezembro. No entanto, no mês de abril, essa quantia caiu para 22%.

Além disso, as questões envolvendo a economia brasileira também apresentaram um cenário ameaçador à essas companhias. No entanto, segundo a pesquisa da Abinee, 55% das indústrias creem que vão lucrar mais em 2022 do que no ano passado.