Bens de consumo: entenda o que são
Os bens de consumo costumam representar grandes gastos na economia familiar, mas muitos deles são essenciais no dia-a-dia
Os bens de consumo são todos os produtos consumidos pela população, de forma que entram nessa lista os alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal , eletrodomésticos e eletrônicos.
Boa parte de uma renda familiar costuma ser gasta com bens de consumo.
Quando falamos de bens de consumo, não falamos apenas de produtos supérfluos, já que não entram nessa lista somente celulares e tênis, mas também coisas necessárias, já que o termo é amplo e afeta todo o tipo de pessoas, independente do seu poder aquisitivo ou gosto pessoal.
Classificações
Os bens de consumo são divididos em duas maneiras, bens duráveis e não duráveis.
Os bens de consumo duráveis são aqueles que podem ser utilizados várias vezes por um longo período, levando mais tempo para chegar a sua depreciação total. Alguns exemplos são eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e automóveis.
Já os bens não duráveis são os que possuem uma menor vida útil.
Eles são produzidos para consumo imediato tendo em consequência um tempo menor de duração. Alguns exemplos são os alimentos, perfumes, medicamentos e cosméticos.
No entanto, há também os bens de consumo semiduráveis. A vida útil deles será maior que os não duráveis, porém duram menos que os duráveis.
Esse tempo é determinado de acordo com matéria-prima de cada produto e a forma que o consumidor utiliza, fazem parte dessa classificação as roupas e os sapatos.
Normalmente esses produtos não são consumidos tão rapidamente quanto os alimentos, por exemplo, e nem tão devagar quanto um carro.
Tributação
A tributação é uma grande questão quando o assunto é bens de consumo.
Os denominados impostos invisíveis estão muito presentes nesses produtos, mesmo que de forma discreta.
Por conta da lei de olho no imposto, os estabelecimentos comerciais são obrigados a informar o valor do imposto daquele produto na nota fiscal.
Antes dessa lei, era difícil saber o valor real de cada produto, especialistas apontam que a ocorrência de impostos nesses produtos faz com que os maiores afetados sejam os consumidores de baixa renda.
Mesmo que toda a população consuma aquele produto, o imposto que é colocado sobre ele não varia de acordo com a renda do consumidor.
Com isso, quem ganha 15 mil, pagará o mesmo valor de impostos agregados que alguém que ganha um salário mínimo. Considerando a distribuição de renda no Brasil, esses impostos tornam o poder de compra ainda menor.
Investimentos
Por serem bens envolvidos com a satisfação e necessidades, muitas empresas conseguem um ótimo lucro com a venda deles.
Um exemplo de empresas focadas em bens de consumo são a Unilever e a Ambev. E não só grandes empresas que chamam a atenção dos investidores, algumas empresas de menor porte também encontram dividendos a quem comprar suas ações.
Dessa forma, os bens de consumo podem representar um bom mercado de investimentos em potencial.
Bens de consumo no Marketing
Como qualquer empresa, a estratégia de Marketing é fundamental para quem quiser potencializar a venda de seus produtos.
Mesmo que os bens de consumo de primeira necessidade sejam vendidos com frequência em todos os lugares, aumentar essa demanda é fundamental para o crescimento econômico de um país, e também garante uma rentabilidade maior e brand awareness ( o reconhecimento da marca) para as empresas desse segmento.
O motivo pelo qual o marketing é essencial na economia de um país é que o aumento de vendas contribui de maneira significativa para o PIB de um país, principalmente para aqueles com maior volume de compra como a Indonésia.
Mesmo que as estratégias sejam voltadas ao consumidor final, os resultados vão impactar toda a cadeia de logística, já que o aumento de demanda no mercado B2C exige otimização de produção e por consequência, a participação de todos os setores envolvidos desde aqueles que fazem a entrega de insumos, até os que entregam o produto na casa do cliente.
Afinal, o que é o Marketing em bens de consumo? São estratégias que as empresas utilizam para a promoção de itens, sejam de consumo rápido (Cigarro, Carnes, frutas e etc), de linha branca (eletrodomésticos) e de linha marrom (eletrônicos), com a finalidade de aumentar a demanda e a valorização do setor de produção em uma região e até de um país.
Classificações do marketing
No marketing, a classificação é de acordo com os padrões de compra dos clientes, as classificações são as seguintes :
Produtos de conveniência
Os produtos que mais são vendidos e consumidos com maior frequência no mercado. Eles podem se subdividir entre bens de primeira necessidade como carne, vegetais, frutas e etc.
Ou bens de impulso, que como o nome diz são aqueles comprados sem planejamento prévio.
Mercadorias
As mercadorias são aquelas com maior valor agregado mas não tem a mesma necessidade quanto os produtos de conveniência.
Esse grupo é composto por vestuários, móveis, linha branca e bens de informática. A aquisição desses bens normalmente requer planejamento devido ao seu alto preço e vida útil.
Produtos especiais
Esses são aqueles produtos que têm um alto valor e reconhecimento de marca junto ao público, normalmente quem compra esses bens, está disposto a sacrificar esse valor e obter o item por conta do status e poder que essa aquisição proporciona.
Os produtos especiais recebem as maiores estratégias de marketing, principalmente por favorecerem o brand awareness, são exemplos de produtos especiais as jóias e os carros de luxo.
Bens não procurados
Eles são menos explorados pelos consumidores e geralmente a demanda aumenta quando um gatilho desperta a necessidade de aquisição desse produto como uma sensação de perigo ou medo da perda.
Esses produtos normalmente não recebem muitas estratégias de Marketing por não serem comprados de forma contínua e atendem a necessidades específicas, um exemplo são os seguros de vida, de carro e até compras de enciclopédias.
Como usar o Marketing para promover os bens de consumo
O primeiro passo para a aplicação do Marketing é conhecer a fundo as características de seu consumidor ideal. Além disso, deve-se considerar as categorias anteriormente mencionadas, pois tendem a tornar os resultados mais difíceis a curto prazo.
As mercadorias, por exemplo, não são compradas tão frequentemente como os itens de primeira necessidade, dessa forma as estratégias devem ser direcionadas para pontos específicos como atacadistas e varejos , assim como em épocas que a demanda aumenta de forma natural como dia das mães, black friday e natal.
Se o marketing for bem feito, o reconhecimento do cliente nos lugares será imediato, colocando a marca na liderança por conta desse diferencial. Mas as empresas precisam se adequar a questão da qualidade, os produtos especiais precisam responder a expectativa do cliente e isso está relacionado a durabilidade, qualidade, usabilidade, atratividade e adaptabilidade entre outras características, assim como embalagem e logística de distribuição.
Para os bens não procurados, quando sua demanda aumenta, as empresas devem adotar estratégias que convençam o cliente a se planejar ao invés de esperar a casualidade acontecer.
Nos bens especiais, a melhor coisa a se fazer é apostar na exclusividade, se o produto for acessível e fácil de encontrar, dificilmente despertará o mesmo desejo de consumo.
Dessa forma, é necessário saber qual estratégia usar em cada grupo de produtos para não perder espaço na competitividade do mercado.