Milan é vendido para o fundo americano RedBird por € 1,3 bilhão – ESTOA

Milan é vendido para o fundo americano RedBird por € 1,3 bilhão

Transação faz com que o clube de Milão seja comprado pela terceira vez desde 2017


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O Milan, um dos clubes mais tradicionais da Itália e da Europa como um todo, foi vendido mais uma vez. Os rossoneros, como são conhecidos, estavam sob o comando de um outro fundo de investimentos norte-americano, a Elliott Management, do bilionário Paul Singer.

O clube de Milão continuará sob posse de um fundo de investimentos privados norte-americano, mas dessa vez com a RedBird Capital Partners, do empresário Gerry Cardinale. A diferença é que o novo proprietário já tem ligação com o país do novo clube, por possuir origens italianas na família.

Segundo a imprensa local, a venda anunciada nesta terça-feira, (31), foi concluída na semana passada após a RedBird vencer a concorrência contra outro fundo de investimento, o Investcorp, com a assinatura do contrato. O acordo deve movimentar cerca de € 1,3 bilhão por 70% do clube rossonero. O fundo Elliott manterá ainda 30% de participação.

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Milan em temporada mágica

A venda para a RedBird acontece durante o melhor período do clube da capital da moda em mais de uma década. No último dia 22, o Milan que se acostumou a ganhar inúmeros títulos durante a sua trajetória iniciada em 1899, deu mais um motivo para o lado vermelho e preto de Milão comemorar.

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O clube foi campeão nacional pela primeira vez em onze anos, depois de passar por uma crise enorme e ver a rival Juventus ganhar o campeonato italiano por nove anos consecutivos.

Milan é vendido para o fundo americano RedBird por € 1,3 bilhão
Gerry Cardinale chega para comandar o clube rossonero /Foto: Sempre Milan

A RedBird chega em um momento em que o clube volta às glórias as quais tanto se acostumou no passado e pretende investir para que isso continue nos próximos anos. O objetivo de Cardinale para o Milan é transformar o clube em uma companhia de multimídia global, a fim de alavancar as receitas.

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A temporada mágica se estendeu para além das quatro linhas neste ano na cidade de Milão, o clube conseguiu chegar a um valor de mercado de € 1,3 bilhão neste ano, contra um valor de € 580 milhões no último ano, valorização inédita para o futebol.

Momentos de crise

Com a conclusão da compra por parte do fundo de investimentos de Cardinale, o Milan foi vendido pela terceira vez desde 2017. Em abril daquele ano, o empresário chinês Li Yonghong comprou o clube do bilionário italiano Silvio Berlusconi que ficou à frente do clube por 31 anos, mas durou pouco no comando, após gastos excessivos e má gestão, Yonghong vendeu o clube para a Elliott em 2018.

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Os gastos acarretaram para o Milan não só uma crise externa como uma crise interna no clube, já que os rossoneros foram suspensos de competições europeias por dois anos na época.

Agora com a compra por parte da RedBird, o Milan quer continuar alçando voos mais altos, assim como fez nesta última temporada sob o comando do fundo norte-americano Elliott. Os novos proprietários chegam respaldados para o cargo por já terem outros clubes sob seu comando.

A RedBird tem entre os seus investimentos, um percentual do Fenway Sports Group, grupo que comanda o Liverpool, na Inglaterra. Além disso, o fundo também tem participação no recém promovido no campeonato francês, Toulouse.

Milan é vendido para o fundo americano RedBird por € 1,3 bilhão
Fundos de investimentos passaram a comprar cada vez mais clubes /Foto: Reprodução

Outros fundos de investimentos

Recentemente surgiram diversos casos de clubes sendo comprados por fundos de investimentos ou consórcios mundo afora. Recentemente com a chegada da SAF no Brasil, até mesmo clubes brasileiros têm sido alvo desses possíveis compradores. 

O Vasco da Gama está prestes a vender 70% do clube para o fundo americano 777 Partners por um valor aproximado de US$ 330 milhões. O interessado já possui participações no Sevilla, da Espanha, e no Genoa, da Itália.

A Inglaterra é outro país que se tornou comum ver clubes sendo geridos por fundos de investimentos privados. Entre eles estão nomes como Chelsea e Manchester City, que figuram entre as equipes que mais tem conquistado títulos na terra da Rainha nos últimos anos.

O londrino Chelsea teve uma troca de comando recentemente. Após a saída do bilionário russo Roman Abramovich, que estava no clube desde 2003, o clube inglês concluiu a venda para o consórcio de investidores, liderado por Todd Boehly por cerca de € 5 bilhões.

Outro fundo de investimentos que tem tido destaque nos últimos anos tem sido o detentor do Manchester City, que até alguns anos atrás vivia sob a sombra do rival da mesma cidade, Manchester United. Porém, após a compra do clube pelo Abu Dhabi United Group, o cenário se inverteu e o clube passou a dominar os títulos nacionais nos últimos anos.

Recentemente o City Group vendeu cerca de 10% das suas ações para o fundo de investimentos Silver Lake pelo valor de US$ 500 milhões, fazendo com que o clube inglês passe a valer mais de US$ 4,8 bilhões.