G8: As principais economias do Mundo
São países considerados desenvolvidos e com um alto grau de avanço no processo de industrialização
O G8 é formado pelo que são consideradas algumas das principais economias do mundo, esses países são considerados desenvolvidos e bem avançados no seu processo de industrialização.
São considerados democráticos e durante as reuniões também são debatidos aspectos políticos e sociais, além das questões econômicas, e assim como no G20, as ações desse grupo tem um impacto direto no mercado de capitais.
Dessa forma, é importante para os investidores destinarem suas atenções para as definições que o grupo toma.
Membros do G8
Atualmente, os países que compõem o grupo, são os seguintes:
- Estados Unidos
- Reino Unido
- Alemanha
- Canadá
- Japão
- França
- Itália
- Rússia
A Rússia foi a última adição e possui um status diferente do restante, ela foi adicionada no grupo em 1998 com o fim da União Soviética, o país adotou a economia de mercado e assim conseguiu entrar no grupo, sua adição também se deve ao seu grande poder bélico.
Como a Rússia possui um número expressivo de poder bélico, sua adição veio como forma de apaziguar as tensões geopolíticas durante a guerra fria e as tensões pós segunda guerra mundial. Apesar de fazer parte, ela não possui os mesmos direitos e, em muitos momentos de tensão, o país poderia ser expulso do grupo.
Em 2014, a Rússia foi expulsa do grupo por conta de uma crise na Ucrânia e a anexação da Crimeia em seu território. Segundo os membros do grupo, o país violou a soberania nacional ucraniana, o que foi considerado desrespeitoso e violava as regras do grupo.
A criação
O grupo surgiu em 1975, quando o presidente da França nessa época, convidou outros líderes de Estado dos países mais desenvolvidos no planeta, para uma reunião. Nessa primeira ocasião, o encontro aconteceu entre seis líderes, dos seguintes países: Alemanha, Estados Unidos, Japão, Itália e Inglaterra.
Esse primeiro encontro teve como pauta, a crise do petróleo e os impactos que estavam assolando a economia mundial.
Em 1976, uma nova reunião foi realizada, dessa vez com a adição do Canadá, o que levou a origem da denominação G7, que ficou até em 1998 com a adição da Rússia, e também ficou definido que as reuniões seriam anuais.
Ao contrário do que muitos alegam, o G8 não tem as maiores economias do mundo já que exclui a China, atualmente detentora do segundo maior PIB do mundo.
Objetivos e funcionamento do G8
O principal objetivo do G8 é incentivar o desenvolvimento econômico ao redor do mundo. Ao reunir oito entre os países mais poderosos, o grupo busca manter todas as nações em sintonia com o objetivo de desenvolver o comércio global e promover a liberalização do comércio.
Com a globalização servindo de incentivo e ocorrendo de maneira mais livre, todos podem atingir um grau maior de desenvolvimento, já que de acordo com a teoria das vantagens competitivas, cada país deve se especializar em uma área do comércio e importar os demais bens para sua sociedade, assim todos os países conseguem atingir a prosperidade econômica.
Apesar de grande importância para o cenário econômico internacional, o G8 como uma organização, os líderes dos países podem definir metas e políticas importantes mas não tem permissão para executá-las sem o consenso do Banco Mundial e do FMI.
Atualmente o grupo procura discutir os assuntos que mais tem impactado o mundo como mudanças climáticas que podem levar ao aumento do aquecimento global, o aumento da criação de armas nucleares, doenças infecciosas, insegurança alimentar, conflitos gerados por disputa de petróleo e expansão do terrorismo.
Críticas
A criação do G8 foi alvo de diversas críticas por países emergentes e pessoas que não partilhavam de uma visão liberal da economia. Segundo os críticos, essa visão extremamente liberal, procurava oferecer mais vantagens para países desenvolvidos, do que aos emergentes.
Dessa maneira, alegavam que o grupo estaria contribuindo para sua própria hegemonia e não para o desenvolvimento da economia mundial, segundo alegavam.
Além disso, o grupo também foi extremamente criticado por deixar de fora das discussões, grandes economias como a China que como já citamos detém o segundo maior PIB do mundo e cresce em taxas exponenciais, nunca chegou a ser considerada para o G8 ou G7.
Muitos países também alegam que o G8 é responsável por grandes problemas globais que eles mesmos procuram debater, como o caso do aquecimento global ou o aumento de tensões entre países subdesenvolvidos e que o grupo não toma medidas eficazes para a solução desses problemas por conta de seus próprios interesses políticos e econômicos.
Como resposta, foi tomada a decisão de criar o G20 que inclui as 20 maiores economias do mundo que agora é visto como um dos principais grupos de debate para a economia mundial. Porém, o G8 ainda continua exercendo grande influência na economia global.
Em 2022, a Alemanha que preside a reunião no ano decidiu convidar quatro outros países para a cúpula, o Brasil não está entre eles, os líderes convidados são da África do Sul, Senegal, Índia e Indonésia.