Eneva (ENEV3) conclui acordo para a compra da Celsepar e subsidiária por R$ 6,1 bi – ESTOA

Eneva (ENEV3) conclui acordo para a compra da Celsepar e subsidiária por R$ 6,1 bi

Companhia confirmou assinatura de compra da termelétrica e da Cebarra, assumindo dívida de R$ 4 bi


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A Eneva (ENEV3), confirmou em comunicado ao mercado nesta terça-feira, (31), uma nova aquisição para a sua empresa. No acordo feito entre as partes, a companhia de energia passará a ter a totalidade das novas ações.

A operação para a compra das Centrais Elétricas de Sergipe (Celsepar) e da sua subsidiária, Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros girou em torno dos R$ 6,1 bilhões e fará com que a Eneva ainda assuma dívidas.

No acordo para a cessão das ações da Celsepar, ainda ficou estabelecido que a Eneva assumirá toda a dívida líquida de outra subsidiária da companhia, a Celse, no valor de R$ 4,1 bilhões. 

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Durante os últimos dias já haviam sido divulgados alguns rumores sobre o negócio entre as empresas, no entanto, a Eneva chegou a soltar um comunicado desmentindo a operação.


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Acordo entre Eneva e Celsepar

A compra ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da Eneva em Assembleia Geral, pelos credores da Celsepar, além do órgão regulador, o Cade.

Depois da conclusão da operação terá em seus domínios o principal ativo da Celsepar para continuar a expandir o seu portfólio com usinas termelétricas. A UTE Porto de Sergipe, foi inaugurada em 2020 é uma das maiores em funcionamento no setor.

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Eneva (ENEV3) conclui acordo para a compra da Celsepar e subsidiária por R$ 6,1 bi
Usina Porto de Sergipe será controlada pela Eneva /Foto: Celsepar

A empresa que fica localizada no litoral do estado de Sergipe, na Barra dos Coqueiros tem potência de 1,6GW, o que a destaca entre as maiores da América Latina. A unidade tem capacidade o suficiente para cobrir cerca de 15% da demanda energética da região.

Com esse potencial, a usina termelétrica gerava para a Celsepar uma receita anual de R$ 1,9 bilhão antes da alienação por parte da Eneva. 

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A companhia de energia ainda será beneficiada no longo prazo, já que no acordo a Eneva também garantiu o direito a projetos de expansão adjacentes à usina, que podem chegar a mais 3,2 GW de capacidade.

De acordo com o CEO da empresa, Pedro Zinner, com a aquisição, a Eneva garante para si um ativo que pode alavancar e diversificar o modelo de negócio da companhia em busca das suas ambições de futuro.

Além disso, com esse investimento a Eneva passa a ter chances para a criação de um hub de gás no litoral de Sergipe.

Negócios da Eneva

No final de maio a Eneva firmou outro contrato milionário, mas dessa vez com a Suzano (SUZB3), para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) pelos próximos dez anos para a unidade da empresa de papel e celulose localizada em Imperatriz, no Maranhão.

No entanto, o tempo estabelecido em contrato só começará a contar a partir do início da operação, que tem previsão de começar apenas para 2024.

Para suprir a demanda de fornecimento para a Suzano Papel e Celulose, a Eneva irá instalar uma unidade de liquefação de gás natural na Bacia do Parnaíba, com uma capacidade de 300 mil m³. Por isso é estimado que haja um investimento de R$ 530 milhões apenas nessa operação.

A companhia de energia tem feito seguidas aquisições e negócios no meio do setor energético. No final do ano passado a Eneva incorporou ao seu portfólio de ativos, a Focus Energia, empresa que atua na área de energia renovável, tanto na comercialização quanto na geração em si.

O negócio girou em torno de R$ 960 milhões e foi divulgado pela própria empresa de que será feito de duas formas, uma parte em dinheiro (R$ 715 milhões) e outra em troca de ações entre as companhias (R$ 244 milhões).

Eneva (ENEV3) conclui acordo para a compra da Celsepar e subsidiária por R$ 6,1 bi
Polo Industrial de Urucu /Foto: Reprodução

Apesar disso, nem todas as negociações dão certo. Ainda que a Eneva continue em busca de novas aquisições, a companhia optou por encerrar as tratativas para a compra do polo industrial de Urucu em janeiro.

O polo da Petrobras daria para a empresa a capacidade de produção de petróleo leve e gás natural no Amazonas. O processo que culminou em um desfecho diferente do esperado começou no início de 2021 e tinha a Eneva certa como compradora após a desistência da 3R Petroleum.