PetroReconcavo (RECV3) fará oferta de ações restrita para captar recursos
Anúncio feito pela companhia estima que captação deve ficar entre R$ 1,2 bilhão a R$ 2,2 bilhões
A PetroReconcavo (RECV3) anunciou no último sábado, (4), comunicou em fato relevante que irá captar recursos via oferta restrita de ações. Com a operação, a companhia pode chegar a somar até R$ 2,2 bilhões em caixa.
Com o anúncio, a empresa que atua no setor de petróleo e gás natural irá realizar a nova oferta, cerca de um ano depois de estrear na Bolsa de Valores. Desde a sua entrada, a PetroReconcavo já valorizou mais de 85% das suas ações.
A definição de qual será o valor da ação da companhia no follow-on ainda não aconteceu, mas deve ser divulgada entre os dias 6 e 14 de junho. Segundo a PetroReconcavo, serão postas 44 milhões de ações à venda.
Depois que o preço seja determinado, as ações devem começar a ser negociadas na Bolsa no próximo dia 17 com a operação sendo liderada pelo banco Itaú BBA, em conjunto do Morgan Stanley, Goldman Sachs, UBS BB, Banco Safra e XP.
Oferta da PetroReconcavo
De acordo com o fato relevante divulgado pela empresa, inicialmente a oferta das 44 milhões de ações será primária. Há ainda a possibilidade de acontecer uma oferta secundária que dependerá da demanda pelas ações da companhia.
Baseado no fechamento da última sexta-feira, (3), em que a PetroReconcavo estava precificada a R$ 27,42, a oferta inicial de ações pode gerar para a empresa cerca de R$ 1,2 bilhão. Esse valor ainda pode variar após a definição do valor exato de cada ação da empresa.
No entanto, dependendo da demanda pelos papéis da operadora, o montante pode subir ainda mais devido à oferta secundária que adicionaria mais 8,2 milhões de ações para venda, fazendo com que o valor possa subir a até R$ 2,2 bilhões.
Segundo o comunicado divulgado pela companhia, os recursos captados após a oferta restrita de ações serão usados não só para fortalecer o caixa da companhia que registrou lucro no primeiro trimestre, como também para ajudar em futuras aquisições.
Aquisições da empresa
A maior parte do que for captado na oferta inicial da companhia daqui pouco mais de 10 dias deve ser usado para garantir novas aquisições para o portfólio da PetroReconcavo que tem a intenção de continuar em expansão nos próximos meses.
A aquisição mais perto de ser concluída é a do Polo Bahia Terra. Para adquirir o local que pertence à Petrobras, a companhia realizou uma oferta em conjunto com a Eneva (ENEV3) que ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores.
O polo que fica no mesmo estado de origem da PetroReconcavo possui 28 concessões de produção terrestre espalhadas em diferentes regiões da Bahia e daria para operadora novos ativos para continuar se fortalecendo como uma produtora independente de petróleo e gás natural na região.
Acordos com a Petrobras
A empresa que se notabilizou pela aquisição de campos maduros no Brasil – que já atingiram o pico e estão em declínio – tem conseguido nesses acordos, revitalizar os ativos e aumentar a produção de gás e petróleo por meio das suas técnicas e investimentos.
O acordo para comprar o polo pertencente à Petrobras não seria o primeiro feito entre as empresas. Desde 2019 a PetroReconcavo já adquiriu participação da petrolífera em outros campos do Nordeste.
primeiro foi o polo Riacho da Forquilha, localizado no Rio Grande do Norte. O acordo ocorreu por meio da subsidiária da empresa, a Potiguar E&P, no valor de US$ 266 milhões.
Já no ano passado mais duas aquisições ocorreram, ambas em dezembro. A primeira girou em torno de US$ 220 milhões que serão pagos em até 36 meses e trouxe para a PetroReconcavo a participação no Polo Miranga, no recôncavo baiano e que possui nove campos terrestres.
Além disso, houve ainda a aquisição do polo Remanso, localizado também na bacia do recôncavo baiano e que girou em torno de US$ 16 milhões para que fosse adquirido na sua totalidade.