Itaú BBA rebaixa preço-alvo do Bradesco (BBDC4), mas recomenda a compra    – ESTOA

Itaú BBA rebaixa preço-alvo do Bradesco (BBDC4), mas recomenda a compra   

Apesar de reduzir o potencial de alta das ações, o banco de investimentos destacou a performance “outperform”


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O Banco de Investimentos Itaú BBA reduziu o preço-alvo para as ações do Banco Bradesco (BBDC4). No entanto, a sua compra ainda é recomendada.

A redução se deu, principalmente, pela medida promovida pela instituição bancária em abril deste ano, que remunerou seus acionistas em uma ação para cada dez ativos na carteira de seus investidores.

Preço-alvo das ações do Bradesco

Apesar de aumentar o volume de papéis negociados em 10%, a medida fez com que o preço-alvo das ações do Bradesco caísse na perspectiva dos analistas do Itaú BBA. 

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Dessa maneira, o Banco de Investimentos projeta que os ativos do Bradesco atinjam, no final do ano, os R$ 25, contra R$ 27 anteriormente. No entanto, a quantia ainda representa uma valorização de 25,5% ante os preços atuais.


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Apesar de diminuir suas expectativas quanto o preço das ações, o Itaú BBA ainda recomenda a compra dos títulos, destacando sua performance “outperform”, isto é, apresenta uma performance melhor em comparação aos indicadores do mercado em geral.

No documento divulgado pelo banco de investimentos no último domingo (05),analistas destacam o desempenho do banco: “O Bradesco teve um desempenho inferior ao do setor até agora, mas uma melhor consistência nos resultados/expectativas deve permitir uma recuperação”.

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Assim, os analistas do Itaú BBA ainda se mostram positivos sobre os próximos meses do Bradesco. Suas expectativas são de melhorias nas taxas de lucro da instituição, por conta da alta na projeção da margem de clientes, que foi de 8% a 12% para 18% a 22%, e a queda na taxa de inadimplência do banco.

Itaú BBA/Fonte: Reprodução

A previsão para a margem financeira (NII) do Bradesco também foi diminuída pelo Itaú BBA. A quantia que, anteriormente, era de R$ 6 bilhões caiu para R$ 1,993 bilhões para o ano de 2022.

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Para o ano de 2023, essa métrica também caiu para R$ 77 bilhões, dos R$ 8 bilhões anteriormente.

Após a redução das expectativas para o preço-alvo das ações do banco, seus ativos apresentaram ligeiras desvalorizações nesta segunda-feira (06). Dessa maneira, seus títulos somaram às 14:31 horas (Horário de Brasília) uma queda de 0,05%, atingindo os R$ 19,90.

Sobre a ligeira alta na taxa de inadimplência apresentada pelo Bradesco, os analistas do Itaú BBA apresentaram uma visão positiva. Isso pois, segundo o Banco de Investimentos, essa taxa se concentra, sobretudo, nos segmentos de cartões de  crédito e empréstimos pessoais, que não são tão significativos para grandes instituições.

Bradesco/Fonte: VEJA

De acordo com eles, “Estamos menos preocupados com grandes bancos, como o Bradesco, quando falamos sobre tendências de qualidade de crédito. Eles não apenas têm linhas de crédito mais seguras (como imobiliário e de folha de pagamento), mas também clientes de renda mais alta nas linhas de cartão de crédito, veículos ou empréstimos pessoais”.

Alta na taxa de inadimplência

A redução no preço-alvo das ações do Bradesco veio um mês depois do banco publicar seu balanço trimestral. Dentre os resultados apresentados, foi possível notar uma alta na taxa de inadimplência registrada pela instituição.

Durante o primeiro trimestre do ano, o banco registrou uma taxa de inadimplentes de 3,2%, indicando uma alta de 0,4% na comparação trimestral e 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.


Na época, analistas do Morgan Stanley indicaram que o aumento desse índice não estava fora de controle e nem preocupava o mercado. Essa perspectiva também se repete ao Itaú BBA, que também não enxerga a taxa de inadimplência como um problema recorrente.

No entanto, segundo o banco de investimentos, esse indicador deve demonstrar altas, crescendo em 0,2% no segundo trimestre do ano, mas anda rumo à normalização com aumentos menos acentuados.

Dessa forma, o Itaú BBA reitera a positividade da tendência de ganhos para a as ações da instituição bancária.