Global Bonds os títulos de dívidas – ESTOA

Global Bonds os títulos de dívidas

Entre os diversos ativos que podem ser negociados no mundo, estão as Global Bonds permitindo que um investidor se arrisque ainda mais


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A globalização do mercado permitiu que os investidores comprem ativos de todos os lugares do mundo. Entre esses títulos de negociação estão as Global Bonds. 

Eles são títulos de dívidas externas negociados de forma internacional, e emitidos por grandes corporações ou um país que deseja arrecadar recursos, dessa forma é recomendado para aqueles que desejam investir no exterior. 

Quando emitidas por países, tem o objetivo de pagar as contas do governo e assim equilibrá-las. As global bonds podem ser adquiridas por bancos, governos de outros países e empresas de grande porte. 

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No Brasil quem faz essa emissão é o tesouro nacional para serem negociados no mercado internacional. Então, os investidores que acabam comprando esses tipos de títulos emprestam dinheiro ao governo para financiamento das dívidas que aquele país tem no exterior. 

Funcionamento dos global bonds

Quando alguém compra uma global bond já fica sabendo quando poderá retirar esse investimento, o pagamento é feito com o valor desse título e os juros que acumularam até a data de vencimento do mesmo. 

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Até 2002 era necessário que o investidor comprasse cotas de fundos de investimentos. Com a criação do Tesouro Direto, é possível fazer a compra diretamente pelo site ou através de corretoras. 

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São considerados de risco moderado que varia de acordo com a credibilidade do país no mercado internacional. Três fatores influenciam na rentabilidade desses títulos, que são: 

1- Juros pagos pelos títulos 

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2- Desempenho dos títulos no exterior 

3-  Câmbio entre a moeda estrangeira e a nacional 

Tributação

No mercado brasileiro, quem investe em global bonds tem que lidar com duas tributações: 

1- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) 

2- Imposto de renda 

O IOF é cobrado somente para aqueles que retiram o dinheiro antes de 30 dias da compra. Esse imposto segue uma tabela de progressão até uma alíquota de 0% após um mês. 

Isso porque o saque de forma antecipada faz o título perder rentabilidade, por exemplo, os títulos sacados um dia após a compra tem uma alíquota de 96% de IOF. 

Já o imposto de renda é cobrado diferente caso o Global Bond seja comprado junto de outros investimentos. Os títulos de dívida externa precisam ser declarados e pagam imposto somente sobre o lucro. 

Foto ilustrativa de global bonds/Fonte: Certifiquei

A cobrança do imposto de renda é baseada nos fundos de curto prazo, aqueles que duram até 1 ano, e a aplicação é feita dessa forma: 

  • Alíquota de 22,5% para investimentos que fiquem até 180 dias 
  • Alíquota de 20% para aplicações que fiquem 181 dias ou mais

Riscos No Brasil

Para quem investe nos títulos de dívida externa brasileira corre os seguintes riscos: atrasos ou suspensão do pagamento, e riscos de mercado. 

Por outro lado, quando existe uma saída de crédito do Brasil por riscos de mercado, ocorre um aumento do dólar, e essa valorização do mesmo gera equilíbrio para os títulos já que grande parte do mercado de títulos opera em dólar. 

Vantagens

Uma das vantagens é que os Global Bonds são investimentos que não exigem uma grande quantia para aplicação e com o pagamento de juros o acréscimo de recursos acontece a cada 180 dias. 

Outra vantagem é a separação do patrimônio, isso porque os patrimônios dos fundos não são incluídos pelos bancos ou corretoras, então não existe risco em casos de falência.

Diferença entre os euro bonds, global bonds e brady bonds

Euro bonds

Como vimos, as global bonds podem ser emitidas de qualquer lugar do mundo e podem ser expedidas na moeda do país que emitiu, já as eurobonds são negociadas no mercado europeu negociadas em euro. 


Dessa forma os euro bonds se restringem apenas aos lugares onde o euro é utilizado. 

Brady Bonds

As Brady Bonds são as dívidas dos países emergentes e foram criadas com o objetivo de ajudar as nações com dificuldades de pagamento. 

Foi criado através do plano Brady, elaborado por Nicholas Brady que era secretário do tesouro dos Estados Unidos. O objetivo do plano era oferecer ajuda para esses países emergentes, principalmente na América Latina, para que consigam honrar as obrigações internacionais.