Google investirá US$ 1,2 bi na América Latina em busca de melhorias
Companhia utilizará o montante em um espaço de cinco anos para melhorar seus serviços
O Google anunciou nesta quinta-feira, (9), durante a 9ª edição da Cúpula das Américas que irá investir por volta de US$ 1,2 bilhão em recursos para melhorar os seus serviços nos próximos cinco anos.
Durante o anúncio feito em Los Angeles nesta manhã, o CEO da companhia, Sundar Pichai afirmou que a companhia garantirá que a América Latina receba esse investimento para que seja possível trazer melhorias em quatro áreas da empresa.
A empresa comandada pela Alphabet também tem cinco metas estabelecidas para os próximos anos, em busca de impulsionar novamente as atividades pós pandemia com o intuito de se recuperar economicamente.
Google na América Latina
No anúncio que ocorreu hoje na Cúpula das Américas, Pichai abordou alguns tópicos para explicar como esse montante será dividido e com quais objetivos eles serão usados nos próximos anos.
A ideia para poder melhorar a atuação da empresa na América Latina envolve melhorias nas áreas de infraestrutura digital, capacitação em habilidades digitais, empreendedorismo e comunidades inclusivas.
Com esses novos investimentos nesta região, o Google imagina que seja possível chegar a um impacto econômico superior a US$ 1,3 trilhão até 2030, levando em consideração as seis maiores economias da América Latina (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru).
Caso a companhia, de fato, consiga gerar esse impacto exposto em relatório na economia da região, esse número seria o equivalente a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) desses seis países somados.
Projetos
Entre os novos investimentos anunciados pelo Google durante a Cúpula está a construção do cabo submarino Firmina que ligará a América do Norte e a América do Sul e se tornará o maior do mundo.
A interligação entre os dois continentes feita entre a costa leste dos Estados Unidos e o litoral da Argentina terá o intuito de melhorar a conectividade e acesso aos produtos da companhia.
Além disso, a comunicação que será iniciada a partir de 2023 conta com paradas em outros dois pontos: Praia Grande (SP) e Punta del Este, no Uruguai. Este será o quarto cabo submarino da companhia na região.
A empresa conta também com um cabo Júnior que conecta as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os outros trabalham com distâncias maiores: Tannat (Santos a Maldonado, no Uruguai), Curie (Los Angeles a Valparaíso, no Chile) e Monet (Boca Raton, na Flórida até Santos). Este último ainda conta com uma parada em Fortaleza.
Além do Firmina, a instituição também quer investir em bolsas para Certificado de Carreira do Google. Entre os anos de 2023 e 2026, a companhia pretende oferecer por volta de 1 milhão destas bolsas, independente do nível de escolaridade das pessoas.
Investimentos no Brasil
Os investimentos divulgados por Sundar Pichai não dizem respeito em sua totalidade apenas a América Latina como um todo, existem alguns projetos que foram especificados pelo executivo de que estarão em funcionamento aqui no Brasil já no decorrer dos próximos meses.
Um destes projetos que serão lançados no país é o Google Wallet, o aplicativo trará a possibilidade de reunir dados de pagamentos, documentos pessoais e passagem de transportes públicos em um só lugar, tornando-se uma atualização para o serviço já existente da companhia, o Google Pay.
O aplicativo que foi lançado em maio nos Estados Unidos tem previsão de chegar ao Chile ainda neste segundo semestre. Entre os investimentos em solo brasileiro, também está a ampliação da equipe do Centro de Engenharia do Google na América Latina.
O local com sede em Belo Horizonte atua com o foco em segurança e privacidade.
O Google se comprometeu também a investir parte deste montante (US$ 300 milhões) para apoiar ONGs com foco em sustentabilidade e criação de oportunidades para jovens, mulheres e grupos minoritários.
A operação será feita por meio do Google.org, seu braço filantrópico. O investimento será dividido em duas partes, sendo a primeira em dinheiro (US$ 50 milhões) e a segunda em publicidade (US$ 250 milhões).