Bitcoin cai para US$ 21 mil e altcoins crescem. Solana, Cardano e Polkadot chegam a subir 10%
O mercado global de criptomoedas continuou a cair rapidamente durante a tarde de segunda-feira, até atingir seus níveis mais baixos desde 2020. Na manhã desta terça-feira (14), por volta das 9h, apesar de uma leve recuperação da queda, Bitcoin, Ethereum, BNB, Solana muitas outras continuavam a cair.
O mercado de criptomoedas caiu abaixo da marca de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde janeiro do ano passado, imitando as perdas nos mercados de ações que caíram após os dados de alta inflação divulgados pelos EUA na semana passada.
O Bitcoin (BTC) chegou ao seu nível mais baixo em dois anos. Durante a noite de ontem e início da madrugada de hoje, a moeda chegou a registrar vendas por US$ 21 mil e desde então, pouco se recuperou. De acordo com a CoinGecko, por volta das 9h desta terça-feira o preço do Bitcoin variava entre US$ 21.932 e US$ 22 mil.
A queda registrada pela principal criptomoeda do mercado chegou a 7,6% nas últimas 24 horas. Durante os últimos 4 dias de negociação a do BTC já chegou a cair mais de 30%.
A Ethereum (ETH), segunda maior criptomoeda do mercado e uma das principais nas negociações DeFi, seguiu os passos de sua maior concorrente. Somente nas últimas 24 horas, a ETH somou mais 3% em queda, completando cerca de 37% de queda acumulada em 4 dias.
O preço atual da ETH é de US$ 1.167,68 e a variação por hora chegava a mais de 2%.
Preço das principais criptomoedas hoje
Após de mais de 72 horas de quedas intensas, o mercado de criptomoedas parece perder cada vez mais. O que inicialmente começou como uma liquidação nos mercados tradicionais acabou levando a um enorme efeito de contágio em vários setores da economia, com as criptomoedas também não poupadas.
A Binance coin (BNB), por exemplo, quinta criptomoeda do mercado, emitida pela exchange Binance, chegava a variações de mais de 3% por hora. Por volta das 9h, o prejuízo acumulado pela moeda era de mais de 25% em 3 dias. De acordo com a CoinGecko, o preço atual da BNB é de US$ $219,54.
Enquanto isso, outras altcoin tentavam uma recuperação com negociações mais intensas. De acordo com a CoinGecko, moedas como Cardano (ADA), XRP, Solana, Polkadot e Dogecoin chegaram a subir até 10% durante a madrugada.
Analistas atribuem os ganhos obtidos por essas altcoins ao fato das horas em que o saque do Bitcoin ficaram suspensos durante a segunda-feira. Apesar da alta, os ganhos não foram suficientes para cobrir as perdas de mais de 30%.
Por volta das 9h desta terça-feira, as liquidações nessas criptomoedas já haviam sido reestabelecidas por investidores e a queda chegava a 2% por hora.
O preço atual da ADA, por exemplo, era de US$ 0,488616, cerca de 10% a mais que na tarde de ontem. O preço da DOT também subiu 10% em poucas horas e foi para US$ 7,20.
A Solana contava com 8,2% em alta e o preço, de acordo com a CoinGekco era de US$ 28,84. Somente a XRP já havia perdido boa parte de seus ganhos, permanecendo com somente 0,5% em alta em relação ao preço da noite de ontem.
O mercado de criptomoedas caiu abaixo da marca de US$ 1 trilhão pela primeira vez desde janeiro do ano passado, imitando as perdas nos mercados de ações que caíram após os dados de alta inflação divulgados pelos EUA na semana passada. O mercado global de criptomoedas estava em US$ 924,91 bilhões, caindo 9,81% ao longo do dia, e abaixo do nível máximo de US$ 3 trilhões há sete meses.
Altcoins sofrem para firmar preço pareado ao dólar
À medida que as criptomoedas sofrem com prejuízos mais intensos, algumas stablecoins – moedas pareadas ao dólar – sofrem com as consequencias. Cerca de um mês após o colapso da TerraUSD, o medo constante de investidores de stablecoins permanece.
No último final de semana, por exemplo, o mercado testemunhou a USDD se desparear com o dólar. Já durante a madrugada, foi a vez da USDC cair abaixo dos US$ 0,97, mas logo se recuperou.
A USDT segue pareada ao dólar e relativamente estável, vendida por US$ 0,99 por volta das 9h.