Lagarde: BCE pretende aumentar taxas de juros em meio a riscos de recessão – ESTOA

Lagarde: BCE pretende aumentar taxas de juros em meio a riscos de recessão


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A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira, 20, que a instituição deve se manter atenta aos riscos de recessão. No entanto, ela ponderou que uma recessão não é o cenário base para a zona do euro.

“A atividade na zona do euro está sendo prejudicada pelos elevados custos da energia, pela intensificação das perturbações da oferta e pela maior incerteza”, destacou, durante discurso no Parlamento Europeu. “A agressão injustificada da Rússia à Ucrânia está afetando gravemente nossa economia, e as perspectivas ainda estão cercadas de alta incerteza”, completou.


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Lagarde comentou aumentos

A banqueira central também comentou que os preços subiram mais fortemente devido a novos gargalos de oferta em meio à recuperação da demanda doméstica, especialmente no setor de serviços.

“Esperamos que o crescimento dos salários negociados se fortaleça ligeiramente ao longo de 2022 e depois permaneça acima dos níveis médios para o horizonte de projeção, apoiado por mercados de trabalho apertados, aumentos dos salários mínimos e alguns efeitos de compensação pelas altas taxas de inflação”, ressaltou.

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Quando perguntada sobre o balanço patrimonial da instituição, Lagarde afirmou que a redução será no futuro, em uma etapa posterior.

Taxas de juros 

A instituição pretende aumentar a taxa básica de juros em 25 pontos-base em julho. Já em setembro, Lagarde destacou que pretende elevar as taxas novamente, sendo que pode ser apropriado um aperto maior.

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Além de setembro, Lagarde adiantou que um caminho “gradual”, mas “sustentado”, de novos aumentos nas taxas de juros será apropriado. “O atual ambiente de inflação – com números bem acima da nossa meta – é claramente um desafio”, afirmou, durante discurso no Parlamento Europeu.

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“Em linha com nosso compromisso com a meta de médio prazo de 2%, o ritmo em que ajustamos nossa política monetária dependerá dos dados recebidos e de como avaliamos a evolução da inflação no médio prazo”, completou.

*Com Estadão Conteúdo.