Skillshare chega à América Latina com investimento de R$ 25 mi
A edtech norte-americana faz sua estreia na região, tendo o Brasil como um dos principais alvos
Nesta terça-feira (21), a edtech que produz videoaulas voltadas à profissionais criativos, a Skillshare, anunciou sua chegada à América Latina, com um investimento de US$ 5 milhões (cerca de R$ 25,6 milhões).
De acordo com a empresa, o Brasil é um dos seus principais focos na região, tendo o país como um dos principais mercados para sua expansão.
Chegada da Skillshare na América Latina
Com o investimento de R$ 25 milhões de reais, a edtech norte-americana chega à América do Norte. Além de iniciar suas operações no Brasil, a companhia também vai chegar oficialmente na Argentina, Colômbia e México.
Além disso, com o investimento, a Skillshare também vai iniciar suas operações no continente europeu, estreando na Alemanha e na França.
Segundo o VP e Head of Internacional da edtech, Nicolas Scafuro, esse é o primeiro passo para a expansão internacional da empresa. Atualmente, a companhia atua em 150 países.
Apesar de ainda não estar presente no Brasil , a Skillshare já contava com a participação de brasileiros. Atualmente, de 14 mil professores dentro de sua plataforma, 500 são da América Latina e 100 são brasileiros.
Em sua terra natal, nos Estados Unidos, o valor do plano anual do serviço para pessoas físicas é de US$ 800,00. No entanto, com sua estreia no Brasil, o preço será de R$ 204,00. A ideia é que o valor da mensalidade seja sempre acessível.
Nos EUA a companhia oferece, ainda, planos empresariais, tendo clientes pessoa jurídica como foco.
Esse plano disponibiliza ferramentas para que seja possível a indicação de aulas específicas para cada colaborador.
Com o início de suas operações no Brasil, é dito que o foco da Skillshare está em atrair mais professores, utilizando seus recursos para investir em marketing. De acordo com Scafuro, seu “kick–off” é desenvolver um evento para captar novos criadores. “Vamos oferecer a oportunidade a qualquer um, ter uma receita extra sendo um professor”.
O executivo afirmou, ainda, que antes mesmo da captação, a companhia já estava financeiramente estabilizada e que por conta disso, “os recursos serão totalmente destinados à entrada em outros países”.
Permitindo que qualquer profissional possa se tornar um professor dentro de sua plataforma, a Skillshare vê o Brasil como um dos “top 10” de sua base, prevendo que o país alcance o “top 3” nos próximos dois anos.
“Observamos o aumento da procura de brasileiros por nosso conteúdo e acreditamos no potencial de expansão por aqui.”, conclui Scafuro.
No entanto, essa não foi a primeira medida adotada para a internacionalização da edtech. No ano de 2021, foram incluídas legendas para os conteúdos já existentes que foram gravados, majoritariamente, em inglês.
Dessa forma, os cerca de 40 mil cursos disponíveis da plataforma, com uma duração média de 60 minutos, foram legendados em inglês, português, espanhol, francês e alemão.
Funcionamento da edtech
A Skillshare foi criada no ano de 2010, por Michael Karnjanaprakorn.
Com uma base de 870 mil alunos e 14 mil professores, a Skillshare oferece uma plataforma onde qualquer profissional da área criativa possa se tornar um professor.
Os principais grupos de alunos da edtech são estudantes e pessoas com hobbies na área criativa e empreendedores que buscam conhecimento acerca do mundo digital.
Lá, qualquer profissional da área pode gravar uma videoaula sobre um assunto que domine e enviar à companhia. Após realizar uma análise, a Skillshare disponibiliza o vídeo em sua plataforma, tornando-o disponível à toda a base de alunos.
A remuneração pelos vídeos publicados acontece de duas formas. A primeira tem relação direta com o engajamento dos alunos em cada aula, gerando uma parcela de lucro ao professor.
A segunda maneira está ligada ao link disponibilizado aos professores. Ao repassá-lo a outras pessoas, eles podem atrair matrículas, recebendo 60% do valor anual.