Bolsas da Europa fecham em alta, após China atenuar requisitos de quarentena
As bolsas europeias avançaram nesta terça-feira, 28. Os ganhos foram puxados por ações ligadas a commodities, que ganharam impulso após a China afrouxar seus requisitos de quarentena para viajantes internacionais que entram no país.
A decisão foi lida como uma tentativa de Pequim equilibrar sua política restrita contra a covid-19.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,27%, aos 416,19 pontos.
Em Londres, o FTSE 100 teve alta de 0,90%, aos 7.323,41 pontos, puxada pela valorização de 6,52% da Rolls-Royce Holdings, empresa focada no ramo de aviação civil e militar.
De foco similar, a alemã MTU Aero Engines subiu 3,51% e liderou os ganhos do DAX, da bolsa de Frankfurt, que encerrou o dia em alta de 0,35%, aos 13.231,82 pontos.
Com a melhora das perspectivas para viagens internacionais, companhias que fabricam peças para aeronaves tendem a ganhar força nas bolsas europeias.
Em Paris, o índice CAC 40 avançou 0,64%, aos 6.086,02 pontos, enquanto o milanês FTSE MIB subiu 0,79%, aos 22.101,23 pontos.
Nas praças ibéricas, o madrilenho IBEX 35 teve alta de 0,91%, aos 8.317,50 pontos, e o lisboeta PSI 20, de 1,94%, aos 6.172,51 pontos.
Medidas da China sobre quarentena
A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou nesta terça-feira, em comunicado, que reduzirá o período total de quarentena de 21 dias para dez, tanto para viajantes que entram no país quanto para pessoas que tiveram contato próximo com pacientes com covid-19.
O órgão do governo também afrouxou seus requisitos de teste para pessoas em quarentena.
“A flexibilização das regras de quarentena da China pode apoiar a ideia de que Pequim está se aproximando do fim de sua política de covid-zero, mas essa mudança provavelmente não acontecerá até o fim do ano”, estima o analista Edward Moya, da Oanda.
Ainda que o foco tenha sido outro nesta terça, investidores seguem de olho no futuro da política monetária na zona do euro.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reiterou planos da instituição de elevar juros no próximo mês e em setembro, mas afirmou que o compromisso dependerá do comportamento dos dados econômicos.
Nesta terça, o instituto GFK registrou queda na projeção do índice de confiança do consumidor da Alemanha, de -26,2 pontos em junho para -27,4 em julho. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas, que esperavam queda a -27,0.
*Com Estadão Conteúdo