Moedas: dólar sobe, com dado dos EUA e questões locais
O dólar se fortaleceu nesta sessão, com dado fraco de sentimento do consumidor renovando preocupações com o crescimento da economia americana.
Divisas de emergentes também estiveram em destaque, com alegações de default russo, intervenção governamental no Chile e recorde de risco-país da Argentina.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 136,17 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,0529 e a libra, a US$ 1,2188.
O índice DXY fechou com alta de 0,55% a 104,506 pontos.
Na leitura do Conference Board, em junho, o índice de confiança do consumidor caiu a 98,7 nos Estados Unidos, mais do que o esperado por analistas consultados pelo Wall Street Journal.
A Oxford Economics avalia que o pessimismo entre consumidores aponta em direção a um risco crescente de recessão mais adiante neste ano, à medida que a inflação continua a subir, as taxas de juros escalam e as tensões geopolíticas na Europa seguem elevadas.
Uma deterioração contínua na confiança das famílias pode desencadear gastos menores que os esperados e travar a expansão.
O Wells Fargo diz não se preocupar quanto ao verão, mas sim com o fato de uma contração nos gastos de consumidores ser inevitável no outono – que tem início em setembro no Hemisfério Norte.
Com a possibilidade de que a economia americana caia em recessão, o banco diz acreditar que o dólar irá atingir o pico em meados de 2023 e começar a se enfraquecer na metade do próximo ano.
Quanto às emergentes, o peso argentino se enfraqueceu ante a divisa americana. O mercado local estava agitado, com noticiário argentino mencionando que os temores sobre a dívida na moeda local se disseminavam também para os bônus em dólar.
O risco-país medido pelo JPMorgan atingiu nível recorde. No horário citado, o dólar subia a 124,9037 pesos argentinos.
Depois de perdas recentes, o peso chileno se fortaleceu frente ao dólar.
O jornal Emol do Chile informou que o Ministério da Fazenda do Chile anunciou que venderá US$ 5 bilhões nos próximos dois meses, com máximo de US$ 200 milhões ao dia nessas operações. O dólar caía a 911,78 pesos chilenos.
Já a moeda russa se enfraqueceu, depois de a Moody’s declarar que a Rússia entrou em default e afirmar que devem episódios semelhantes devem acontecer. O Kremlin nega. No horário citado, o dólar subia a 53,660 rublos.
*Com Estadão Conteúdo