CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) se manifestam sobre decisão de SP – ESTOA

CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) se manifestam sobre decisão de SP

As manifestações ocorreram após o Governo do Estado de São Paulo deixar de aplicar o reajuste dos contratos de concessão de rodovias


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Nesta quinta-feira (30), o Governo do Estado de São Paulo anunciou que não haverá reajustes nas tarifas de pedágio. Dessa maneira, nesta sexta-feira (01) as companhias CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3) se manifestaram sobre a decisão.

Segundo a CCR, caso o reajuste dos contratos de concessão de rodovias não seja concedido, a companhia tomará as medidas cabíveis.

Manifestações sobre a decisão

Nesta sexta-feira, a CCR divulgou sua decisão em Fato Relevante publicado ao mercado. No documento, a companhia destaca a decisão do Governo do Estado de São Paulo de estabilizar o valor vigente das tarifas de pedágios, deixando de aplicar o reajuste dos contratos de concessão de rodovias.

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Dessa maneira, a companhia espera que o Estado de São Paulo reitere seu respeito à lei e aos contratos de concessão em vigor, com o objetivo de evitar os desequilíbrios contratuais.

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Caso a medida não seja revisada, as “concessionárias adotarão as medidas cabíveis

para garantir a aplicação dos direitos contratualmente estabelecidos”, de acordo com a companhia.

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Na sequência, a Ecorodovias também enviou um comunicado ao mercado sobre o assunto. Nele, a concessionária afirma que tomou conhecimento sobre as medidas adotadas pelo Estado de São Paulo, e que acompanhará as providências do Poder Concedente.

Ecorodovias também se manifesta sobre ação do Estado de SP/Fonte: Estradas

Além disso, a empresa também vai analisar “as medidas necessárias para resguardar seus direitos e assegurar o cumprimento dos contratos de concessão da Ecovias dos Imigrantes e Ecopistas”, e que “estudará formas de promover soluções contratuais a serem implementadas já nos próximos dias, a fim de mitigar qualquer desequilíbrio”.

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A decisão adotada pelo Governo do Estado de São Paulo prevê a estabilização do valor vigente das tarifas dos pedágios, deixando de aplicar o reajuste nos contratos de concessão de rodovias, previsto para entrar em vigor nesta sexta-feira.

A revisão dos valores estava prevista nos contratos de concessão firmados pela AutoBan, Renovias, RodoAnel, SPVias e ViaOeste, tendo a Secretaria de Logística e Transporte e a ARTESP como mediadoras. As concessionárias, por sua vez, são integrantes do Grupo CCR.

CCR/Fonte: SP Empregos

Seguindo as alterações no preço dos combustíveis e a conjuntura econômica atual do Brasil, os reajustes seriam de 11,73% e, de acordo com o Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, os contratos de concessão seriam reequilibrados.

Após se manifestar sobre a decisão do Estado de SP, as ações da CCR apresentaram quedas nesta sexta-feira. Seus ativos somaram às 14:41 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 0,72%, atingindo os R$ 12,44.

Os ativos da Ecorodovias, por sua vez, apresentaram valorizações no dia de hoje. Eles somaram às 14:43 horas a alta de 1,40%, atingindo os R$ 5,78.

Visão de analistas

A visão do mercado sobre a decisão do Estado de São Paulo e as manifestações das concessionárias permaneceu dividida. Para os analistas do Bradesco BBI, a recomendação de compra para as ações das companhias permanece, com os preços-alvo de R$ 16 para a CCR e R$ 13 para a ECOR3.

De acordo com o Banco de Investimentos Citi, a decisão de alterar as tarifas de pedágio representa um cenário levemente negativo, sobretudo, para a Ecorodovias, que deve melhorar no longo prazo.


“Isso deve ser negativo para receita e Ebitda de curto prazo – em um momento em que a operadora de rodovias brasileiras conta com a geração de Ebitda para enfrentar a alta alavancagem atual”, de acordo com seus analistas.

O Citi, por sua vez, tem recomendação neutra para a compra das ações das companhias, com um preço-alvo de R$ 7 para os ativos da Ecorodovias.

Já para os analistas da XP, a medida é negativa para ambas as concessionárias, destacando a pressão no fluxo de caixa das companhias no curto prazo e neutralidade do ponto de vista de valuation.