Santander Brasil (BCSA34) vai disponiblizar negociação de criptomoedas – ESTOA

Santander Brasil (BCSA34) vai disponiblizar negociação de criptomoedas

Além de entrar no mercado cripto, o banco também deve reembolsar clientes


Advertisement


Advertisement


Nesta quinta-feira (28), o Santander Brasil anunciou que sua entrada no mercado de criptomoedas deve ser feita em breve. A funcionalidade deve ser disponibilizada para sua base de mais de 40 milhões de usuários.

Além disso, a Instituição bancária também deve reembolsar seus clientes em cerca de R$ 79 milhões devido a cobranças indevidas.

Santander e criptomoedas

O anúncio foi feito pelo CEO da instituição bancária, Mário Leão. Em entrevista à Folha de São Paulo, o executivo afirmou que “a gente [Santander] reconhece que é um mercado que veio para ficar, e não é uma reação necessariamente a concorrentes se posicionando”, reconhecendo o crescimento do mercado de criptomoedas.

Advertisement


Mário Leão, do Santander Brasil/Foto: Reprodução

Ele disse, ainda, que o Santander Brasil espera, nos próximos meses, já ter definições sobre a negociação de criptoativos em sua plataforma. “quem sabe na próxima divulgação, ou até antes”, conclui.

Apesar de Leão não detalhar como a interação com o mercado de criptomoedas será feita, de acordo com o Cointelegraph, a ferramenta deve ser disponibilizada através de uma parceria similar ao acordo firmado entre as fintechs Nubank e Paxos.

Advertisement



Mesmo sendo a primeira vez em que a instituição financeira vai se relacionar com a negociação direta de criptomoedas, o Santander já havia tido experiências nesse tipo de mercado.

Advertisement


Desde 2017 a companhia vem estudando o ecossistema dos criptoativos e produtos relacionados à tecnologia blockchain. Em 2018, o Santander desenvolveu a ferramenta One Pay FX, que permite pagamentos internacionais em conjunto à Ripple, uma plataforma de pagamentos global que utiliza criptomoedas.

Nascendo no ano de 2016 em uma rede blockchain interna do Santander, a instituição lançou em 2019 um título de dívida de US$ 20 milhões emitido na blockchain Ethereum.

Advertisement


Mais recentemente, no ano passado, o Banco participou de um teste-piloto com a Elliptic para testar a ferramenta Discover, que detecta atividades suspeitas envolvendo criptomoedas.

Os testes foram realizados no ano passado/Foto: Reprodução

Depois de anunciar sua futura interação com criptoativos, as ações do Banco Santander Brasil (BCSA34) apresentaram variações sem uma direção única. Às 14;37 horas (Horário de Brasília), seus papéis somaram uma valorização de 0,24%, atingindo os R$ 12,75.

A medida segue a decisão de outras instituições financeiras de oferecer serviços envolvendo criptoativos. Há cerca de três semanas, o banco digital Nubank também havia anunciado interações com criptomoedas.

Além disso, ainda neste mês, o Itaú anunciou o lançamento de sua plataforma de tokenização de ativos, o Itaú digital Assets.

O Santander Brasil deve, ainda, reembolsar uma parcela de seus usuários em função de cobranças indevidas.

O Banco deve devolver dinheiro a clientes

Em acordo com o Banco Central, a instituição bancária anunciou a devolução do total de até R$ 79,2 milhões a cerca de 700 mil clientes em até 12 meses a partir do mês de maio deste ano.

A medida decorre de cobranças indevidas realizadas pelo banco entre janeiro de 2014 e fevereiro deste ano. As violações incluem regras de cobrança envolvendo o parcelamento do cartão de crédito e cheque especial e cobranças indevidas a microempresários e empreendedores na utilização do Pix.


O compromisso público firmado com o Banco Central foi divulgado no dia três de maio deste ano. No entanto, o ocorrido só veio à tona neste mês.

De acordo com a instituição bancária, o Santander “já efetuou o ressarcimento de mais de 90% dos valores cobrados e alcançará a totalidade dentro do prazo compromissado”.

Do total, de acordo com o documento, o banco já efetuou o pagamento de R$ 64,4 milhões até setembro de 2021.

Além do montante a ser reembolsado, o Santander Brasil também deve pagar a quantia de R$ 8,05 milhões em contribuição pecuniária em função de sua conduta irregular. Caso estas não sejam pagas até o final do prazo, a instituição terá de arcar com uma contribuição pecuniária extra  com a quantia remanescente.